Com o passar da pandemia, foi possível notar o fortalecimento de determinados valores no mundo corporativo. Hoje em dia, um bom salário não é suficiente para atrair e reter os melhores talentos do mercado, é requisitado que as empresas estejam, de fato, comprometidas com o bem estar de seus colaboradores.

Dessa forma, a experiência do funcionário (EX) chamou a atenção por envolver os diversos elementos que impactam positivamente, ou não, na vivência de um profissional junto a uma organização. É uma forte tendência para a equipe de recursos humanos e várias empresas já estão pensando estrategicamente nessa questão.

No entanto, proporcionar uma boa experiência é uma missão complexa, justamente por ser um processo que se inicia ainda na fase de recrutamento e seleção de candidatos. Por isso, mensurar se as ações executadas estão aumentando o nível de satisfação dos colaboradores é essencial. Vamos entender mais sobre o assunto?

O que é a experiência do colaborador

Antes de entender como, é fundamental compreender o que irá ser mensurado, portanto, vamos ampliar o conceito de experiência do colaborador. O tema, quando pesquisado no Google, apresenta mais de 24.800.000 resultados!

De acordo com Josh Plaskoff, a experiência do colaborador é a percepção do próprio funcionário quanto ao relacionamento com a organização que este faz parte, incluindo todos os pontos de interação ocorridos ao longo de sua jornada. Ou seja, os sentimentos que este cultiva, de acordo com sua vivência trabalhando em uma determinada empresa.

É válido ressaltar que os pontos de contato acontecem em meio variados, assim como a percepção mencionada é derivada de interações ponta a ponta, desde sua candidatura e seleção, até o momento de pós-desligamento. Além disso, o planejamento e a estratégia de experiência devem ser amplas.

É importante levar em consideração aspectos relacionados ao ambiente físico, ao clima organizacional, como são estruturadas as relações entre equipes e com a liderança, as ferramentas e tecnologias que são disponibilizadas, à cultura, ao que é oferecido ao colaborador como pacote de benefícios, entre outros pontos.

Nota-se, então, que a atuação do RH é direta e primordial para que a estratégia gere ações constantes e eficazes, que o valor seja percebido pelos colaboradores. Dessa forma, a mensuração da satisfação é essencial para compreender a eficiência do que está sendo realizado.

Como mensurar a experiência do colaborador

Compreendido o que será avaliado, é possível pensar quanto a sua mensuração. Medir é importante para identificar pontos que necessitam de correção, possíveis melhorias, eficácia de ações, entre outras informações importantes para que o RH consiga ser estratégico em seus planejamentos. 

De acordo com uma revisão de estudos feita pela Academy To Innovate HR, entre 1991 e 2017, houve um grande salto nas pesquisas relacionadas à mensuração da visão dos colaboradores quanto à gestão de pessoas, indo de 6% para 50%. 

Porém, medir a satisfação e a experiência dos colaboradores ainda é um desafio comum entre as organizações, afinal, não existe um método universal, visto que deve adaptar-se à cultura de cada empresa. Vamos conferir algumas dicas que podem auxiliar nessa tarefa!

1. Defina a composição e os resultados da experiência do colaborador

Como mencionado, a experiência do colaborador é um conjunto de elementos, porém não há uma determinação única para essa composição, é variável de empresa para empresa. Dessa forma, o primeiro passo é estipular o que estará incluso na estratégia de EX, quais serão as interações do processo.

Fatores da liderança, da cultura, do ambiente, entre outros podem entrar na estratégia. Com este recorte feito, é possível determinar o que é esperado de resultado de acordo com a implementação que será realizada. Para melhor organização, é possível separar o processo em três aspectos:

  • Planejado: O que a própria organização pretende oferecer aos profissionais para melhorar suas experiências;
  • Percebido: O que, de fato, os colaboradores reconhecem e vivenciam o que é oferecido, é a própria EX;
  • Resultado: O que a empresa deseja obter como resultado da EX, como satisfação, maior retenção de talentos, engajamento, entre outros.

2. Não confunda a experiência com o resultado

É muito comum que, ao tentar avaliar a percepção dos colaboradores em relação à empresa, exista uma confusão entre as variáveis. A experiência do colaborador em si, é subjetiva, irá apresentar alterações de acordo com cada profissional e momento que ele está vivente. Os resultados devem ser mais objetivos.

Por exemplo, ao questionar a um colaborador se ele está satisfeito, a resposta terá influência de seus sentimentos pessoais, se ele teve algum problema específico em um período recente, entre outros fatores. Essa informação, apesar de ser importante, levará a algo próximo do resultado, mas ainda subjetiva.

Porém, ao perguntar para os colaboradores se eles percebem oportunidades de desenvolvimento dentro da empresa, as respostas tendem a ser mais objetivas. Há menos juízo de valor e, assim, apresentará dados de resultado.

3. Organize em grupos os elementos a serem mensurados

Ainda que a experiência do colaborador seja composta por diversos fatores, como cultura, ambiente e tecnologia, estes não devem ser coletados e utilizados para formar uma única pontuação ao medir o EX.

Com uma mensuração geral, não será possível identificar o que está impactando positivamente na vivência dos funcionários e o que precisa de melhorias. As métricas devem ser separadas e agrupadas de forma que as características sejam semelhantes, assim, as ações tomadas serão mais assertivas.

Dessa maneira, também será possível avaliar os melhores pontos da organização e os que necessitam ser trabalhados. Assim como avaliar as demandas dos funcionários em relação ao que está sendo oferecido, entre outras informações que serão estratégicas. 

Use a mensuração de forma estratégica

Em suma, a experiência dos colaboradores será formada de acordo com a cultura de cada organização e o que é esperado da implementação desta estratégia. Mas, é válido ressaltar que a EX é fundamental para se manter competitivo em um mercado cada vez mais disputado por talentos. 

A mensuração das ações aplicadas deve ser estratégica, capaz de fornecer informações pertinentes e tempestivas. Com uma boa definição, é possível obter dados que irão gerar insights importantes para a atuação dos gestores e do RH. 

Uma dica extra é estar atento ao pacote de benefícios oferecido pela empresa aos colaboradores. Afinal, os benefícios continuam sendo um elemento importante na geração de valor, porém a forma tradicional pode estar ficando ultrapassada.

A melhor forma de identificar se os benefícios estão sendo percebidos de maneira positiva pelos profissionais, é realizando uma pesquisa. Para facilitar essa missão, trouxemos um formulário sobre a satisfação com os benefícios corporativos pronto para ser aplicado. Baixe aqui gratuitamente e tenha dados estratégicos!

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