Realizar comparações é algo natural entre as pessoas, afinal, é um meio de avaliar o próprio estado, do próprio produto ou de alguma tarefa feita. No mundo corporativo acontece o mesmo, principalmente no momento atual, em que o mercado muda e inova com cada vez mais velocidade.
Por isso, o benchmarking é um método muito utilizado por organizações de portes variados e ao redor do mundo todo. É um meio de analisar o desempenho em comparação a negócios concorrentes, como um estudo prático.
Neste artigo vamos entender mais sobre a ferramenta e trazer algumas dicas!
O que é benchmarking
Em português, benchmarking pode ser entendido como “ponto de referência”. Na prática, é uma ferramenta gerencial utilizada para pesquisar negócios do mesmo setor e comparar o desempenho dos próprios produtos, serviços e até processos com a concorrência.
Não é um tipo de espionagem, mas um estudo estratégico do mercado que a empresa está inserida, a fim de mensurar, analisar e interpretar informações relevantes quanto ao caminho para alcançar excelência nos resultados.
A partir da identificação dos pontos importantes para sua performance, a organização deve definir KPIs (indicadores chave de desempenho) com base nos fatores de impacto e, então, formar sua referência para formar estratégias de melhoria.
Importância do benchmarking
Como mencionado, a comparação é um meio natural para entender e avaliar seu desempenho em relação a outro. Para as empresas é fundamental compreender sua posição no mercado e estudar métodos de melhoria.
Identificar tendências do mercado e analisar estratégias de concorrentes é uma forma de obter insights, conhecer bons caminhos a serem seguidos e, com isso, mitigar erros e trazer melhorias de processos e estratégias. A cautela é necessária, pois deve ser aplicado somente o que faz sentido para a organização.
Tipos de benchmarking
Para implantar a estratégia de referência, a empresa deve pesquisar e avaliar qual é o tipo ideal para seu negócio entre os existentes, pois cada um irá auxiliar a organização de uma determinada forma. Confira a seguir os principais tipos!
Genérico
O benchmarking genérico é utilizado quando o mercado das empresas avaliadas não é o mesmo, geralmente os produtos ou serviços oferecidos não são os mesmos e, por isso, não há competição direta.
No entanto, podem existir processos semelhantes, práticas comuns, e é por isso que a ferramenta é válida, dessa forma é possível ter insights de pontos de melhoria ou evitar erros já conhecidos.
Competitivo
Diferente do primeiro método, o benchmarking competitivo é quando utiliza-se um concorrente direto como parâmetro para analisar e avaliar o desempenho no mercado, entender como está a marca na disputa dos clientes.
Para realizar o estudo, é necessário usar os dados oficiais das empresas selecionadas que foram divulgados, seja em site ou redes sociais da organização, como o faturamento, produtos ou serviços lançados, entre outros.
Interno
No caso do benchmarking interno, a comparação é realizada entre os próprios departamentos da organização, suas áreas internas, para que líderes e gestores possam entender os níveis de cada empreendimento.
Por exemplo, avaliar e comparar o alcance de metas entre as equipes de atendimento e desenvolvimento. Dessa forma, é possível ter um panorama amplo e ter insights de melhoria de processo com métodos que já são aplicados dentro da própria empresa.
Funcional
Neste tipo, a comparação é realizada entre funções e práticas que são feitas em todas as empresas, independente do ramo de atuação e se compartilham ou não o mesmo mercado, se há semelhança no que é oferecido.
O atendimento ao cliente e a gestão financeira são exemplos de processos que precisam ser bem executados, independente do produto ou serviço oferecido. Assim, a empresa terá parâmetros dentro e fora de seu mercado para avaliação.
De cooperação
O benchmarking cooperativo ocorre quando duas ou mais empresas estabelecem uma parceria para trocar conhecimentos e experiências de mercado. Com isso, as envolvidas irão se desenvolver e crescer juntas.
Pode ocorrer a troca relacionadas a setores semelhantes, por exemplo, melhorias no processo de desenvolvimento das duas organizações ou em áreas distintas, se uma marca tiver maior expertise em atendimento ao cliente e outra em comercial, por exemplo.
Como fazer o benchmarking
Para que a aplicação da ferramenta traga benefícios para a organização, é fundamental realizar um bom planejamento antes de iniciar. Dessa maneira, evita-se o esforço com o que não é necessário.
O primeiro passo é estabelecer um objetivo para o benchmarking, o que será estudado (por exemplo, um processo ou um serviço), qual o resultado esperado internamente com a prática e se a meta é equiparar-se ao mercado ou ultrapassar a qualidade dos demais.
Em seguida, selecionar previamente as empresas que serão observadas na comparação, se a melhor opção é selecionar os líderes de mercado ou se marcas menores trarão melhores insights. Determine também os indicadores que serão analisados de acordo com seu objetivo.
Coleta e análise de dados
Assim, é possível coletar os dados de forma assertiva e, então, fazer a comparação e avaliação das informações obtidas, entender a relação entre as demais marcas e o seu negócio. As conclusões devem apontar para os pontos altos e baixos.
Os envolvidos devem identificar lacunas, oportunidades, pontos essenciais de melhoria de estratégia, ameaças, erros e como mitigar os fatores negativos, enfim, um relatório completo de monitoramento para trazer bons resultados para o estudo. É válido ressaltar que o que for utilizado deve ser coerente com o objetivo e com a realidade da organização.
O uso do benchmarking pode trazer vantagens com a geração de bons insights para o negócio, melhorando não apenas o posicionamento no mercado, mas questões internas como processos, produtividade e até a qualidade do ambiente de trabalho. Quando planejada e de acordo com os princípios, é uma ferramenta poderosa para um negócio!