A saúde organizacional de uma empresa é um indicador crucial para avaliar seu desempenho e sucesso no mercado. Uma empresa saudável é aquela que possui uma cultura forte, engajamento de funcionários e gestão eficiente. No entanto, avaliar a saúde organizacional não é uma tarefa tão simples. 

É necessário medir vários aspectos da empresa, desde a satisfação do funcionário até a eficiência da liderança. É por isso que contar com métricas adequadas para medir a saúde organizacional de uma empresa é essencial para identificar áreas de melhoria e tomar decisões informadas. 

Neste artigo, vamos nos aprofundar no assunto, reforçar o papel da saúde organizacional e, claro, explicar algumas das métricas mais importantes que você precisa conhecer! 

O que é saúde organizacional  

A saúde organizacional é um tema que vem ganhando cada vez mais destaque nas empresas. Ela diz respeito à adoção de medidas que visam garantir o bem-estar físico e mental dos colaboradores no ambiente de trabalho, buscando melhorar a qualidade de vida dos profissionais e aumentar a produtividade da empresa. 

Uma empresa que valoriza a saúde organizacional é aquela que se preocupa com a qualidade de vida dos seus colaboradores, criando um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Isso pode ser alcançado por meio de políticas e práticas que promovem o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a prevenção de doenças ocupacionais, o apoio emocional e psicológico aos colaboradores e o desenvolvimento de uma cultura de respeito e inclusão.

Importância da saúde organizacional 

A saúde organizacional é uma medida preventiva efetiva para reduzir o absenteísmo, melhorar o clima organizacional e aumentar a produtividade. Essa afirmação pode parecer um tanto quanto óbvia, mas a relação direta entre iniciativas para melhorar a saúde geral do negócio e melhorar o desempenho tem sido confirmada por uma série de pesquisas.  

Um bom exemplo, é a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). Segundo ela, empresas que investem na saúde organizacional têm uma redução de até 30% no absenteísmo e de 40% no presenteísmo. O primeiro se refere às faltas e afastamentos por problemas de saúde, enquanto o segundo diz respeito à presença física do colaborador no trabalho, mas com baixa produtividade devido a questões de saúde ou emocionais. 

Os dados apresentados acima são amplamente reforçados pela pesquisa realizada pela Optum. O estudo afirma que 87% das pessoas colaboradoras acreditam que a saúde e o bem-estar são fatores importantes para o sucesso profissional

Afinal, investir em saúde organizacional não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma estratégia para garantir a competitividade da empresa a longo prazo. Empresas que se preocupam com a saúde e o bem-estar de seus colaboradores são capazes de atrair e reter talentos, melhorar a reputação da marca e aumentar a satisfação dos clientes. Mas nem sempre as coisas funcionaram desta maneira! 

Antigamente, as organizações tinham que depender da intuição para avaliar sua saúde. O funcionamento sem problemas das operações era geralmente interpretado como um sinal de saúde. Contudo, atualmente, contamos com a vantagem de ter dados e métricas que nos permitem identificar padrões e tendências. Com isso, podemos tomar decisões embasadas em evidências. Quer aprender quais as principais métricas? Continue a leitura! 

Quais métricas medir?

Como mencionado anteriormente, é crucial que as empresas monitorem e meçam regularmente as métricas de saúde organizacional para identificar áreas de melhoria e tomar medidas proativas para garantir o bem-estar dos funcionários e a viabilidade do negócio. Para auxiliar, listamos 8 métricas importantes na saúde organizacional e como elas são medidas. Confira!

Absenteísmo 

O absenteísmo mede a quantidade de tempo que os colaboradores estão ausentes do trabalho por motivos como doença, licença médica, férias ou outros compromissos pessoais. Uma alta taxa de absenteísmo pode ser um indicador de problemas de saúde e bem-estar dos funcionários, falta de engajamento e motivação ou, até mesmo, um ambiente de trabalho tóxico.  

Para medir o absenteísmo, é necessário calcular a porcentagem de dias de trabalho perdidos em relação ao total de dias trabalhados por meio da fórmula: número total de dias de ausência / (número total de dias trabalhados + número total de dias de ausência) x 100. 

Engajamento dos colaboradores 

O engajamento dos funcionários é uma métrica que mede o nível de comprometimento dos profissionais com a empresa e seu trabalho. Colaboradores engajados são mais produtivos, mais motivados e tendem a ter menos absenteísmo. Por outro lado, colaboradores desengajados podem ter um impacto negativo na cultura da empresa e na moral dos colegas de trabalho. 

Alguns dos indicadores de engajamento são: comprometimento com os valores da empresa, recomendação da empresa para outras pessoas e nível de satisfação com o trabalho. 

Lucro líquido 

O lucro líquido é uma métrica que mede a receita total da empresa menos as despesas totais. Essa métrica é importante, pois indica a rentabilidade da empresa. Um alto lucro líquido pode indicar uma empresa bem administrada e bem-sucedida, enquanto um baixo lucro líquido pode indicar problemas financeiros ou operacionais. 

É possível medir essa rentabilidade por meio da redução de custos com planos de saúde, da diminuição do absenteísmo e presenteísmo, da maior retenção de talentos, dos indicadores de saúde dos colaboradores e sua participação nos programas oferecidos pela empresa. 

Engajamento das pessoas colaboradores  

O engajamento das pessoas colaboradoras se refere ao grau de comprometimento que elas têm com a empresa. Um colaborador engajado é aquele que se identifica com a missão e os valores da empresa, e está disposto a se esforçar para atingir os objetivos da organização.  

Para medir o engajamento dos profissionais, pode-se usar pesquisas de clima organizacional, que avaliam a percepção dos colaboradores sobre diversos aspectos do ambiente de trabalho.

Rotatividade de colaboradores 

A taxa de turnover dos colaboradores é uma das métricas mais cruciais. Ela auxilia a compreender a frequência com que os trabalhadores deixam a sua empresa em um determinado período de tempo. A rotatividade pode ser voluntária, ou seja, iniciada pelo próprio colaborador, ou involuntária, que é quando a empresa toma a iniciativa de desligá-lo.. 

Para calcular a taxa de turnover, basta dividir o número de colaboradores que deixaram a empresa durante um período específico pelo número total de colaboradores que a empresa tinha no início desse mesmo período. 

ENPS 

O ENPs é um indicador de lealdade dos funcionários com a empresa. Ele é calculado com base em uma única pergunta: “Em uma escala de 0 a 10, o quanto você recomendaria a empresa como um lugar para se trabalhar?”. A pontuação é dividida em três grupos: promotores (notas 9 e 10), neutros (notas 7 e 8) e detratores (notas de 0 a 6). Então, calcula-se subtraindo a porcentagem de detratores da porcentagem de promotores.  

Quanto maior o eNPS, mais leais e satisfeitos os funcionários são. 

Satisfação no trabalho 

A satisfação dos colaboradores é um indicador chave de desempenho para qualquer organização. Ela mede o grau de felicidade e contentamento dos profissionais com o trabalho que realizam e com o ambiente de trabalho em geral. 

Para mensurar a satisfação das pessoas colaboradoras, pode-se utilizar questionários de pesquisa, entrevistas individuais ou em grupo, e até mesmo análise de dados de turnover e absenteísmo. 

Clima organizacional 

O clima organizacional se refere à atmosfera geral da empresa e a percepção dos colaboradores sobre o ambiente de trabalho.  

Uma cultura forte e positiva pode atrair e reter talentos, aumentar a produtividade e melhorar a imagem da organização junto ao mercado e à sociedade. Por outro lado, uma cultura fraca ou tóxica pode levar à insatisfação dos colaboradores, à queda de desempenho e até mesmo à perda de clientes. Confira abaixo algumas dicas de como medir a cultura organizacional da sua empresa.  

  • Realizar pesquisas e entrevistas com os colaboradores para entender suas percepções e opiniões sobre a empresa e sua cultura; 
  • Observar a comunicação, os valores e as normas da organização, bem como os comportamentos e atitudes dos líderes e gestores; 
  • Analisar a forma como a empresa lida com questões como diversidade e inclusão, feedback e reconhecimento dos colaboradores, entre outros aspectos relevantes; 
  • Utilizar ferramentas como questionários e análises de dados para obter uma visão mais completa da cultura empresarial; 
  • Avaliar a satisfação e o engajamento dos colaboradores, bem como o nível de rotatividade da equipe, como indicadores de uma cultura saudável e motivadora. 

Concluindo, a saúde organizacional é um tema que tem se tornado cada vez mais relevante nas empresas, pois está relacionada com a qualidade de vida e produtividade dos colaboradores. É necessário medir várias métricas para avaliar a saúde organizacional de uma empresa, desde a satisfação do funcionário até a eficiência da liderança. 

Empresas que valorizam a saúde organizacional criam um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, o que ajuda a reduzir o absenteísmo, melhorar o clima organizacional e aumentar a eficiência. 

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