Você trabalha com metas? Se respondeu sim, ótimo! Contudo, é preciso fazer isso de forma estratégica. Afinal, apenas determinar um ponto de chegada sem pensar no trajeto pode confundir uma equipe e até prejudicar sua eficiência. Mesmo que o resultado seja alcançado, não haverá um padrão para ser seguido.
Sim, é preciso ter estratégia até mesmo para propor novas metas. Sem isso, fica difícil alinhar os colaboradores em torno de objetivos que sejam ao mesmo tempo ousados e alcançáveis. Esse é, aliás, uma das tarefas mais desafiadoras em qualquer empresa. Para superá-la, você precisa conhecer as metas SMART.
Foi pensando nisso que criamos este post. Nele, vamos conceituar a metodologia SMART, listar seus benefícios e indicar como utilizá-la no contexto do RH. Siga lendo!
O que são metas SMART?
A metodologia funciona basicamente como um “check-list” para determinar um objetivo, estipulando critérios que as metas novas devem seguir para que tenham uma direção real, mitigando riscos de prazo, falta de planejamento, entre outros obstáculos.
Seu nome nada mais é que um acrônimo inglês para os 5 critérios que compõem o método, vamos explicar:
Specific – Específico
O objetivo a ser definido deve estar claro para todos os envolvidos, a comunicação deve ser efetiva. A importância dessa meta deve ser compreendida pela equipe, assim como o envolvimento de cada um ao longo do processo.
Esse critério ajuda até mesmo na priorização de atividades, pois entendendo a importância de cada objetivo fica mais simples de organizar por onde começar, quanto de recurso estará disponível e os envolvidos em cada etapa.
Measurable – Mensurável
Para ser possível de gerenciar, é preciso estar apto a medir. Ou seja, para a meta ser eficaz ela deve ter viés quantitativo, suas ações devem mostrar um resultado mensurável e serem acompanhadas de indicadores, podendo mostrar números inteiros ou relacionados ao processo de evolução.
Um exemplo utilizando o setor do RH seria a meta de “reduzir a taxa de turnover da empresa”, porém essa forma não é estratégica, afinal qualquer redução ao acaso já seria considerada meta atingida. Nesse caso, o ideal seria “reduzir em 5% a taxa de turnover no semestre”, por exemplo.
Achievable – Alcançável
Para que uma meta seja atingida, é preciso que o time esteja engajado e motivado, muitas vezes o erro está neste ponto: estabelecer objetivos totalmente fora da realidade, podendo desmotivar e frustrar a equipe.
Mesmo parecendo um pouco óbvio, é importante manter em mente que as metas devem ser desafiadoras, porém possíveis. Para isso, pesquisar o histórico e consultar os colaboradores tende a ajudar, refletir se existem de fato ações cabíveis para traçar um caminho até o objetivo desejado.
Relevant – Relevante
Aqui cabe uma análise além dos pontos já apresentados, também pode parecer óbvio, mas entender a relevância da meta dentro do contexto faz toda diferença. Para propor um desafio, é necessário pensar se ele realmente te levará para algo maior, se ele está ligado a um objetivo macro para, então, saber se é válido investir naquele momento.
Essa análise deve ser feita com cuidado, pois envolve fatores internos e externos, a meta de forma geral deve gerar efeitos positivos sobre o negócio, mas para desempenhá-la serão investidos tempo, dinheiro, pessoas e recursos. Quanto maior a prioridade, mais foco e engajamento a equipe provavelmente terá.
Time-based – Temporal
Por fim, algo que não tem prazo para ser concluído, não é prioridade e se não é prioridade sempre fica “para depois”. Ou seja, metas precisam ter um tempo de conclusão bem estipulado, mas lembrando que os outros fatores devem ser considerados também.
O prazo não é universal, pois varia de acordo com cada equipe, com as fases que precisarão ser feitas para alcançar o resultado esperado, entre outros fatores que podem influenciar no processo. Costumam ser mais eficazes quando desafiam os colaboradores, mas sempre mantendo a realidade.
Para que servem as metas SMART?
Com os critérios bem definidos para as metas, a equipe tende a se sentir mais motivada com a orientação clara, consequentemente trazendo maior fluidez e agilidade para os processos. De forma geral, os setores ficam mais focados aos objetivos macro e a empresa trabalha como um todo, mais alinhada, para o alcance do resultado esperado, mitigando riscos como a falta de priorização.
Além disso, com sua característica mensurável, torna-se mais simples analisar se a estratégia da organização está sendo funcional, os pontos de melhoria, o que vale a pena ser padronizado e se as ações individuais estão sendo eficientes e eficazes. Também fornece uma boa base para entender a relevância e por onde começar a movimentar-se para atingir os objetivos desejados.
Como elas podem ser aplicadas no contexto do RH?
O setor de Recursos Humanos, assim como os demais, também tem desafios no dia a dia e também precisam que suas metas estejam relacionadas aos objetivos da empresa. Mesmo que às vezes não seja de forma tão direta, o setor tem papel fundamental pois envolve desde a gestão, liderança, recrutamento e crescimento dos colaboradores.
Propor metas estratégicas pode fazer diferença em processos como retenção de talentos, treinamentos de equipes, revisão do Employee Value Proposition (EVP), redução de taxa de turnover, definição de plano de carreira, entre outros. Investir nas metas SMART pode tornar mais tangível os esforços do setor de RH, potencializando de forma geral os resultados da organização.
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