Em todo tipo de relacionamento, a comunicação é um ponto chave para o bom funcionamento. Nas relações dentro do ambiente de trabalho, isso não é diferente. Para que gerem bons resultados, os diálogos precisam ter qualidade e clareza, de modo a evitar ruídos e garantir a sintonia entre os participantes.
Só que é preciso mais. No ambiente profissional, os diálogos precisam ser eficientes e contar, também, com embatia. Esse último ponto é fundamental para gerar o senso de pertencimento que é tão importante para a criação de um clima positivo e produtivo.
Quando se fala em comunicação eficiente, muitos pensam em primeiro lugar na habilidade de saber expressar as próprias ideias, que também é importante, mas uma ferramenta essencial e que precisa ser mais explorada é a escuta ativa. Confira mais sobre o assunto!
O que é escuta ativa?
A escuta ativa é uma forte ferramenta de comunicação que visa manter a atenção real no diálogo que a pessoa está participando. Dessa forma, admite-se que, ao iniciar uma conversa, o foco está completamente no assunto e na mensagem transmitida pelo outro.
Com tantas informações acontecendo ao mesmo tempo, é natural que durante uma conversa existam distrações, por isso a escuta ativa é uma prática para que não ocorra dispersão e possa existir interesse genuíno no que os participantes estão tentando expressar. Vai além do processo natural de ouvir.
Dessa forma, a escuta ativa é benéfica não apenas para o ouvinte, que, com o foco extra, tem mais facilidade em absorver a mensagem que está sendo passada. A pessoa que está falando também tem a experiência elevada, já que percebe que, de fato, suas palavras estão despertando interesse e sendo levadas em conta.
Importância da escuta ativa
De maneira geral, a escuta ativa melhora os relacionamentos, gerando empatia, reduzindo conflitos e tornando as pessoas mais flexíveis a ideias diferentes das próprias.
No ambiente corporativo, além dos benefícios mencionados, forma equipes mais alinhadas e mitiga riscos decorrentes da falha de comunicação. É fundamental, por exemplo, para um bom relacionamento entre líderes e liderados. Gestores devem praticar a escuta ativa constantemente.
Em uma política de feedback, por exemplo, a escuta ativa é imprescindível. Quando executada, ela ajuda o líder a compreender com clareza o que está sendo dito e a estimular os colaboradores a se expressarem melhor e com maior frequência.
Com isso, os funcionários a par do caminho que é necessário percorrer para atingir objetivos, identificam com mais facilidade pontos que precisam de ajuda e conseguem mediar conflitos. Tudo isso leva a uma melhora do clima organizacional.
Como desenvolver a escuta ativa?
Assim como outras habilidades, a escuta ativa pode ser desenvolvida através da prática constante. O primeiro passo é evitar qualquer tipo de distração ao iniciar um diálogo, colocar atenção na fala do outro evitando realizar outras atividades durante o momento.
Colocar atenção total na fala não significa que você vai escutar sem falar nada, afinal, perguntar também ajuda a demonstrar interesse e se manter alinhado no que está sendo dito. Por isso, é importante perguntar mais detalhes, de forma educada, buscando a compreensão.
Também é preciso deixar que a pessoa fale o quanto for preciso, sem interrupções. As perguntas devem ser colocadas quando você tiver certeza que a fala terminou.
Outra dica é fazer uso da linguagem corporal. Especialistas concordam que cerca de 80% do processo comunicativo se dá por vias não verbais. É preciso se atentar a isso até para evitar gestos involuntários que sinalizem desinteresse, como cruzar os braços ou pegar o celular.
Por outro lado, ficar com os ombros levemente inclinados em direção ao interlocutor é um exemplo de gesto corporal que sinaliza interesse no que a pessoa tem a dizer.
Um bom treinamento para manter-se focado, sem desviar os pensamentos a todo momento, é a meditação, as técnicas ajudam a acalmar a mente e aguçar a percepção. Assim, é mais simples se colocar no lugar do outro para praticar a empatia, essencial em qualquer diálogo.
Fortaleça os relacionamentos
Equipes alinhadas entre si e com seus líderes têm como base um bom relacionamento profissional, com confiança para expor ideias, dar e receber feedbacks, pedir ajuda, entre outras situações da rotina na qual a boa comunicação é essencial.
Muitas vezes o problema nos diálogos está na falta de compreensão gerada pela forma automática de apenas ouvir. Com a escuta ativa, todos os pontos se tornam mais claros, há uma empatia natural e os colaboradores sentem-se valorizados, gerando melhores resultados.