A flexibilidade se tornou, de longe, a principal tendência do mundo dos benefícios. A pandemia da Covid-19 acelerou esse movimento, à medida que as empresas precisaram se adaptar a uma nova realidade, em que o trabalho remoto e a conciliação entre vida pessoal e profissional se tornaram ainda mais relevantes. 

Nesse contexto, os Benefícios Flexíveis se tornaram uma alternativa interessante para as empresas que buscam atrair e reter talentos, oferecendo um pacote de benefícios personalizado, que atenda às necessidades individuais dos colaboradores. De acordo com o Guia Nacional de Benefícios 2022, já são 43% das empresas brasileiras que oferecem essa modalidade de benefícios, e outras 23,8% pretendem oferecer em um futuro próximo. 

No entanto, adotar Benefícios Flexíveis pode parecer um desafio para algumas empresas. É importante entender o passo a passo para implementar essa estratégia e garantir que ela seja bem-sucedida. Neste artigo, discutiremos os principais pontos a serem considerados ao adotar benefícios flexíveis e como fazer essa transição de maneira eficiente. Acompanhe! 

1. Revisite sua estratégia  

O primeiro passo para adotar Benefícios Flexíveis é revisitar a estratégia de benefícios da empresa. Isso envolve avaliar o que está funcionando bem e o que não está, avalie os benefícios atuais e veja se eles estão atendendo às necessidades dos colaboradores (eles saem com vários cartões na carteira, esquecendo qual é a senha de cada qual? Chegam ao supermercado e percebem que estão com o cartão errado? O restaurante que eles mais gostam não aceita aquele vale?). Essa revisão pode ajudar a identificar quais benefícios devem ser mantidos e quais podem ser substituídos ou ajustados. 

2. Defina o orçamento disponível 

Quanto a empresa pode investir? É importante definir um orçamento para os Benefícios Flexíveis e um plano detalhado. Sem um planejamento e orçamento bem definidos, é fácil se perder ou gastar mais do que o necessário, o que pode prejudicar o sucesso da estratégia. 

3. Entenda a necessidade dos colaboradores  

Antes de escolher quais benefícios oferecer, é essencial entender as exigências e expectativas dos profissionais, de modo que as vantagens oferecidas sejam pertinentes e atrativas. Para isso, é recomendável realizar uma pesquisa para identificar as vantagens mais valorizadas pelos colaboradores. Caso contrário, sua estratégia pode ficar sem direção. 

4. Crie uma cesta diferenciada 

Uma vez que as necessidades dos colaboradores são compreendidas, é importante criar uma cesta diferenciada de benefícios, para que os colaboradores possam escolher os benefícios que melhor se adaptam às suas necessidades. Considere oferecer benefícios que vão além dos tradicionais, como programas de bem-estar, desenvolvimento profissional ou serviços de apoio emocional.  

5. Avalie as soluções de fornecedores 

Para implementar um programa de Benefícios Flexíveis, é necessário avaliar as soluções oferecidas pelos fornecedores. Considere aspectos como qualidade, preço e suporte oferecido pelos fornecedores. Além disso, é importante verificar a compatibilidade dos benefícios com a cultura da empresa e com as necessidades dos colaboradores. 

6. Certifique-se sobre as questões legais 

É importante estar atento às leis trabalhistas e previdenciárias para garantir que o programa esteja em compliance com a legislação. A Lei 14.442/2022 introduziu importantes aspectos que devem ser considerados em todas as etapas da gestão de benefícios de alimentação e refeição fora do PAT – Programa de Alimentação do Trabalho, e, para quem está inscrito no PAT, a principal referência deve ser o Decreto 10.854/21. Práticas anteriormente aceitas no mercado foram definitivamente eliminadas, como, por exemplo, temos o fim dos descontos (rebates) e o fim do pós-pagamento para o auxílio alimentação e refeição.

7. Comunique internamente 

A comunicação é essencial para o sucesso da implementação de Benefícios Flexíveis. Certifique-se de que os colaboradores entendam os benefícios oferecidos, como eles podem ser acessados e quais são as regras para sua utilização. A comunicação deve ser clara e direta, para que os colaboradores possam fazer escolhas informadas. Avalie a criação de uma política interna de benefícios deixando isso expresso para todos os colaboradores.

8. Defina métricas mensuráveis 

Defina métricas que possam medir a efetividade dos Benefícios Flexíveis. Olhe para o eNPS, a variação em taxas de contratação e retenção, e a qualidade do clima organizacional. É fundamental manter o Employee Experience no radar! 

9. Monitore e ajuste constantemente 

Por fim, é importante monitorar constantemente o desempenho dos Benefícios Flexíveis e ajustá-los quando necessário. Faça avaliações periódicas e realize ajustes para garantir que os benefícios continuem a atender às necessidades dos colaboradores e da empresa de modo eficiente e a longo prazo. 

Mudanças demandam planejamento, especialmente quando envolvem a implementação de uma solução inovadora. Adotar Benefícios Flexíveis ainda pode ser um desafio para algumas empresas, e é comum que surjam dúvidas relacionadas a essa nova modalidade de benefício. Pensando nisso, preparamos um ebook completo sobre o assunto. Confira!

 

 

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