As organizações que se preocupam com as práticas para assegurar o bem-estar dos colaboradores no dia a dia devem pensar na segurança alimentar, principalmente nas empresas que oferecem refeições no próprio local de trabalho.
Por se tratar de alimentação, é necessário seguir algumas regras e ter cuidado ao observar o processo completo, desde a seleção de compras dos ingredientes, o preparo da refeição, higiene do local que será realizada a refeição, entre outros. Vamos entender mais sobre o assunto?
Como surgiu o conceito de segurança alimentar
A ideia de segurança alimentar surgiu na Europa, no contexto da Primeira Guerra Mundial. As batalhas constantes fizeram com que a fome, infelizmente, fosse vista como uma arma poderosa para ser utilizada, países responsáveis pela distribuição de alimentos começaram a controlar adversários pela escassez.
Com isso, a alimentação foi vista como tópico de segurança nacional, no entanto, a Segunda Guerra Mundial trouxe novamente a problemática. Então, criou-se a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, reconhecendo como direito básico das pessoas a alimentação.
Atualmente, o conceito evoluiu e é visto como um conjunto de práticas que tem como objetivo reduzir riscos de contaminação física e microbiológica durante a produção, manuseio e distribuição dos alimentos. Em organizações, o assunto é relacionado a qualidade de vida dos colaboradores.
O que a legislação diz sobre segurança alimentar
No Brasil, existe o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, SISAN, que visa resguardar o direito à alimentação adequada. Sua base está na Lei nº 11.346, que traz no artigo 3 a seguinte definição:
“A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.”
Portanto, todas as pessoas, independente de contexto social, têm direito a alimentação. A lei ainda pontua: “A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável”.
Como as organizações podem promover a segurança alimentar no ambiente de trabalho?
Como mencionado em lei, todas as pessoas devem ter acesso a uma alimentação de qualidade e suficiente. As empresas podem contribuir seja através de refeitórios no próprio local de trabalho, ou oferecendo vale alimentação e refeição.
Caso a organização opte por instalar um refeitório, é necessário planejar o ambiente para comportar as equipes durante os turnos das refeições, com mesas e cadeiras suficientes, além de iluminação adequada. Os processos sanitários também são fundamentais!
Todo o manuseio e preparo dos alimentos devem ser realizados por profissionais com os equipamentos necessários, como luvas, toucas, máscaras e aventais, assim como a cozinha deve contar com manutenção periódica. A refeição deve ser feita com água potável, em local limpo e o refeitório também deve ser constantemente higienizado.
Contudo, se a empresa não puder ou não quiser ter cozinha e refeitório em suas instalações, o oferecimento de benefícios como o vale refeição e, ou, vale alimentação também são modos de promover a segurança alimentar dos colaboradores sem um alto custo.
A organização também pode ir além dessas práticas e investir na segurança alimentar com campanhas e momentos de conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis durante as refeições, tanto individual, quanto de sua família.
Incentivar o consumo de alimentos saudáveis, como frutas e verduras, abordar a educação nutricional no dia a dia, lembrar da importância de beber água, práticas para garantir a higiene, entre outros. Afinal, segurança alimentar diz respeito ao bem estar dos colaboradores e, consequentemente, à disposição e produtividade na rotina de trabalho.
Neste post, você aprendeu como garantir a segurança alimentar na sua empresa. Que tal aprender a implantar benefícios corporativos flexíveis? Clique aqui e descubra as 7 etapas necessárias!