A cultura organizacional costuma ser a base para o comportamento e ‘mindset’ dos colaboradores. Por meio dela é possível delinear valores, crenças e ações esperadas. Trata-se da essência que influencia toda a experiência de cada um dentro da empresa. Na quinta edição do RH Summit, Raphael Machioni, CEO da Swile e Martha Santos, People Experience Partner da Swile França falam mais sobre o assunto.
Os executivos discutiram sobre cultura e a relação com a experiência do colaborador. Martha iniciou a conversa:
“A cultura é o entendimento tácito de como a gente faz as coisas em uma empresa. Ela é intangível, mas está lá, a gente sabe como é a forma que a gente faz as coisas. Quando a gente fala da integração do colaborador, por exemplo, esse saber tácito, essa integração, esse entendimento de como enviamos mensagens, de como a interagimos, tudo isso. Dizemos que os componentes básicos da cultura são os valores, a visão e a história, e tudo isso é transmitido tacitamente.”
“Independentemente de você ser intencional ou não, a cultura que você está enviando está lá”, completa.
Gestão de benefícios e a cultura organizacional
Raphael Machioni também relaciona a gestão de benefícios com a cultura organizacional:
“Eu costumo brincar aqui na Swile que a cultura de uma empresa engloba três coisinhas: normalmente aquilo que faz uma pessoa ser promovida, ou até mesmo demitida, e principalmente aquilo que as pessoas fazem quando ninguém está vendo. Então, a cultura sempre vai existir. Provavelmente, tem vezes que vai casar com aquilo que está escrito no material da empresa, até mesmo na parede com palavras enormes, mas no fim do dia, a cultura se trata das ações que as pessoas vão fazer lá dentro, as recompensas, ou até mesmo as punições que elas vão ter pelas atitudes tomadas.”
Raphael também fala sobre como realmente oferecer autonomia para os colaboradores
“O gancho que a gente fala aqui de benefícios é aquela brincadeira que fazemos: tem muito banco que fala que é digital mas você vai numa agência e não tem nem Wi-Fi. Então, a gente brinca que benefícios é algo parecido. A empresa fala que tem autonomia, que confia nos colaboradores, mas se você vai ver um básico, que é a pessoa poder escolher como pode utilizar um pacote de benefícios, não é feito, porque não há autonomia de como utilizá-lo”, complementa.
Benefícios flexíveis e autonomia
Raphael finaliza: “Se você quer falar que uma empresa é flexível, que dá autonomia para o colaborador, isso tem que estar, obviamente, no dia a dia do trabalho, porque não adianta dar benefícios flexíveis e a pessoa não ter nenhum tipo de tomada de decisão, de autonomia do que faz. Acredito que é um pacote por inteiro, desde ela conseguir ter essa autonomia, desde ela conseguir ter um pacote de benefícios que melhor se adeque a realidade dela, e a gente vê que isso são vários pequenos sinais que quando você junta ao todo, mostra a cultura organizacional.”