O caráter cada vez mais multidisciplinar do mercado de trabalho exige que os colaboradores estejam prontos para novos desafios dentro das empresas. Com isso, é natural que surjam ao longo do caminho os chamados gaps de competência, que são de extrema importância para o profissional do RH.
Afinal, esses gaps são fatores que impedem um colaborador de se desenvolver e, consequentemente, colocam em risco o desempenho da empresa. A gestão de pessoas deve estar preparada para entender, mapear e auxiliar as equipes a fim de reduzir e até eliminar essa condição.
Concretizar essa tarefa, contudo, requer um planejamento estratégico capaz de identificar e preencher cada gap. Neste post, vamos falar mais sobre o assunto. Continue a leitura!
O que são gaps de competência?
Vamos a um exemplo prático: suponhamos que a sua empresa esteja alcançando resultados satisfatórios. No entanto, na hora de pesquisar onde ainda há espaço para melhorar, a companhia sofre com a falta de dados em todas as áreas. Isso pode atestar uma empresa pouco data driven, ou seja, há um gap de competências nessa área específica.
No exemplo acima, vimos uma situação hipotética generalizada de uma companhia. O melhor caminho é analisar individualmente cada colaborador, para saber identificar e apontar os pontos de desenvolvimento que devem ser focados.
As competências, de uma forma geral, são habilidades, conhecimentos técnicos e comportamentais que um colaborador possui. Logo, o gap é a lacuna entre a competência exigida para um determinado cargo e a competência que o funcionário detém.
Essa diferença entre as aptidões de um perfil desejado para uma determinada função e as que realmente existem pode ser um fator negativo para o desempenho de uma equipe e até mesmo da empresa, mas é possível ser corrigido.
Como identificar os gaps de competência?
É muito importante que, antes de tentar identificar os gaps de cada colaborador, os cargos da organização estejam devidamente mapeados e que os objetivos macro estejam claros. Após isso, cabe ao RH escolher ferramentas para mapear as competências e perfis de cada indivíduo. Assim, é possível comparar o esperado e o real.
O feedback desse mapeamento deve ser feito com cuidado, de forma imparcial, mas com a ideia de resiliência para enfrentar desafios. O profissional da gestão de pessoas deve ajudar na melhoria contínua dos funcionários. Para isso, é preciso corrigir pontos negativos e destacar e potencializar cada vez mais os pontos positivos.
O que fazer para preencher tais gaps?
Mesmo que uma resposta mais rápida e fácil pareça ser o desligamento de um colaborador, essa pode não ser a melhor opção, pois além de aumentar a rotatividade, irão surgir gastos com demissão e com o processo admissional, e o novo funcionário precisará de um tempo até se adaptar à cultura da empresa.
Em vez disso, investir no treinamento das equipes é mais eficaz. Desta forma, você oferece oportunidades de desenvolvimento individualizadas e isso pode ajudar na sua retenção de talentos que já conhecem o seu negócio.. É essencial manter um acompanhamento durante esse processo, para que seja avaliado a efetividade do investimento.
Outra opção é manter-se aberto à ideia de mudança de setores. Pode acontecer de um funcionário ter as competências desejadas para um cargo, mas estar trabalhando em um empreendimento totalmente diferente, não sendo bem aproveitado. Tendo todas as funções mapeadas, torna-se mais fácil ter essa visão.
Não ignore as lacunas
Mapear as competências dos cargos da empresa, de seus colaboradores e fazer a análise para identificar os gaps não é um trabalho fácil, mas evita riscos de produtividade, além de valorizar os colaboradores investimento em seus desenvolvimentos.
A equipe de RH deve estar bem preparada, mas trabalhando na empatia e na resiliência, o resultado tende a ser positivo para toda a empresa. Com funcionários mais direcionados e motivados, o tempo torna-se otimizado, a eficiência aumenta e os temidos gaps de competência são reduzidos.
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