O full-time equivalent (FTE) é um dos indicadores de RH mais importantes para entendermos a quantidade de pessoas colaboradoras envolvidas nas operações de uma empresa. Dessa forma, ele desempenha um papel essencial na otimização de custos e no equilíbrio das responsabilidades, garantindo que os colaboradores não se vejam sobrecarregados.

Saber calcular esse indicador é uma habilidade relevante para gerir equipes com mais eficiência. Neste artigo, vamos entender um pouco mais sobre a importância desse indicador e como calculá-lo. Vamos lá?

Afinal, o que é FTE?

O Full Time Equivalent também é frequentemente chamado, em sua tradução literal, de Equivalente a Tempo Integral (ETI).

O Full Time Equivalent espelha as horas de trabalho de pessoas colaboradoras em meio período em relação às horas de trabalho de colaboradores em tempo integral. Ele permite que as empresas avaliem e comparem a carga de trabalho de pessoas colaboradoras em diferentes situações, como tempo parcial, contratados temporários e colaboradores em meio período. 

Em outras palavras, o Full Time Equivalent possibilita o cálculo do desempenho real de uma equipe, de um departamento específico ou até mesmo de toda a organização. Continue a leitura!

Importância do FTE

Essa métrica oferece insights valiosos sobre a distribuição de trabalho, produtividade e eficiência das equipes, permitindo que a gestão tome decisões informadas e estratégicas. Vamos explorar a importância e os benefícios do FTE de forma mais detalhada:

 Acompanhamento da carga de trabalho

O FTE permite que a empresa tenha uma  Isso é fundamental para evitar sobrecargas e garantir que as responsabilidades sejam distribuídas de maneira equilibrada. Ao compreender a carga de trabalho, a empresa visão clara da carga de trabalho de cada colaborador.pode ajustar as atribuições conforme necessário, mantendo a eficiência e prevenindo o esgotamento das pessoas colaboradoras.

Ausências

Quando um colaborador está ausente, seja por férias, doença ou outros motivos, o FTE ajuda a avaliar o impacto dessa ausência no trabalho total. Isso permite que a empresa tome medidas proativas, como redistribuir tarefas entre a equipe ou contratar temporariamente, para garantir que os projetos continuem avançando sem interrupções significativas.

Comparação de produtividade

Ao analisar os valores de FTE de diferentes membros da equipe, é possível identificar discrepâncias na produtividade. Isso não se trata apenas de quantas horas são dedicadas ao trabalho, mas também da eficácia e qualidade das contribuições individuais. Com essa informação, a empresa pode oferecer treinamento adicional, suporte ou reconhecimento apropriado.

Distribuidor de tarefas

O FTE ajuda a equilibrar a distribuição de tarefas entre os colaboradores. Evitando a sobrecarga de alguns enquanto outros têm tempo ocioso. Uma abordagem equilibrada garante que as habilidades e capacidades de cada pessoa sejam aproveitadas da melhor maneira possível.

Tempo eficiente

Horas de trabalho ociosas resultam em recursos desperdiçados e podem afetar negativamente a eficiência operacional. O FTE ajuda a identificar esses períodos ociosos e permite que a empresa planeje melhor o uso do tempo da equipe, evitando desperdícios e maximizando a produtividade.

Diminuição de custos

A contratação e manutenção de pessoal são custos significativos para qualquer empresa. O FTE auxilia na determinação do número ideal de colaboradores necessários para atingir os objetivos da empresa. Isso evita a contratação excessiva e, assim, reduz custos desnecessários, contribuindo para uma alocação eficiente de recursos.

Em resumo, o Full-Time Equivalent é mais do que uma métrica; é uma ferramenta estratégica que fornece informações valiosas para otimizar a alocação de recursos, promover a produtividade da equipe e tomar decisões informadas. 

Agora, você pode estar se perguntando: ‘’Como calcular o FTE’’? Mas calma, RH! No próximo tópico, vamos oferecer uma explicação detalhada e clara sobre como realizar o cálculo do FTE. Acompanhe!

Como calcular o FTE?

O cálculo do FTE pode variar de acordo com a complexidade da estrutura organizacional da empresa, mas em geral, pode ser feito utilizando as seguintes etapas:

Passo 1: Coleta de informações 

Comece reunindo todas as informações necessárias, incluindo o número total de horas de trabalho de pessoas colaboradoras, a jornada de trabalho padrão da empresa (em horas semanais) e a quantidade de horas em um dia de trabalho padrão.

Passo 2: Calcule as horas de trabalho efetivas 

Para calcular as horas de trabalho efetivas de pessoas colaboradoras, multiplique o número de dias que elas trabalham por semana pelo número de horas de trabalho por dia. Por exemplo, se pessoas colaboradoras trabalham 5 dias por semana e 8 horas por dia, as horas de trabalho efetivas seriam 5 dias * 8 horas/dia = 40 horas/semana.

Passo 3: Calcule o FTE

O FTE é calculado dividindo as horas de trabalho efetivas das pessoas colaboradoras pelo número de horas de trabalho em uma jornada de trabalho padrão. Usando o exemplo acima (40 horas de trabalho efetivas) e uma jornada de trabalho padrão de 40 horas por semana, o cálculo seria: FTE = 40 horas / 40 horas = 1.0 FTE.

Passo 4: Considerando cargas horárias variáveis 

Se a jornada de trabalho das pessoas colaboradoras ou da empresa for diferente da jornada de trabalho padrão, ajuste o cálculo. Por exemplo, se a jornada de trabalho padrão for 35 horas por semana e as pessoas colaboradoras trabalham 25 horas por semana, o cálculo do FTE seria: FTE = 25 horas / 35 horas = 0.71 FTE.

Passo 5: Incluindo pessoas colaboradoras em meio período 

Para pessoas colaboradoras em meio período, cujas horas de trabalho efetivas são menores que a jornada de trabalho padrão, o cálculo do FTE também é necessário. Por exemplo, se uma pessoa colaboradora trabalha 20 horas por semana e a jornada de trabalho padrão é 40 horas, o cálculo seria: FTE = 20 horas / 40 horas = 0.5 FTE.

Passo 6: Verificação e revisão 

Certifique-se de revisar todos os cálculos para garantir sua precisão. Peça a outras pessoas da equipe para revisar os números, se possível, para evitar erros.

Conclusão

Em resumo, o Full-time equivalent (FTE) é uma ferramenta indispensável para empresas que buscam administrar seus recursos humanos de maneira inteligente e estratégica. Ao adotar o cálculo do FTE, as organizações ganham uma visão clara da utilização de sua força de trabalho, permitindo uma alocação precisa de pessoal para atender às necessidades operacionais. 

Além disso, a análise cuidadosa do FTE possibilita uma tomada de decisão embasada, aprimorando o planejamento de equipe e contribuindo para a redução de custos associados ao pessoal.

Ao abraçar essa métrica, as empresas se armam com insights valiosos para enfrentar os desafios em constante evolução do mercado. A capacidade de medir e ajustar efetivamente o FTE dá às organizações a agilidade necessária para se adaptar rapidamente às mudanças, promovendo assim o crescimento sustentável e a resiliência diante das demandas variáveis.

Lembre-se RH: o cálculo do FTE pode ser mais complexo em cenários reais, especialmente quando há variações de jornada ao longo do ano ou quando são considerados fatores como férias e licenças.

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