A busca por mais flexibilidade no trabalho não é recente. Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2017, apontou que 81% dos brasileiros já ansiavam por um expediente mais flexível no que diz respeito ao local, ao horário e aos benefícios corporativos.
De lá para cá, o movimento se intensificou e as empresas precisaram se adaptar às novas demandas, em um esforço consciente para assegurar a competitividade da organização no mercado de trabalho. Afinal, para manter a atração (e a retenção) de talentos em alta, é importante redesenhar as estratégias de gestão de pessoas e, claro, repensar os recursos do negócio.
Neste post, você entenderá tudo sobre o assunto. Abordaremos o que é e como funciona a flexibilidade no trabalho para, detalharmos como é possível tornar a rotina mais alinhada aos anseios dos melhores talentos.
Você também saberá como o RH pode incentivar a flexibilidade no trabalho para ficar mais preparado para implantar as mudanças necessárias. Pode contar com a gente, viu? Boa leitura e bons insights!
Flexibilidade no trabalho: o que é e como funciona?
No dicionário, o adjetivo “flexível” descreve o “que se pode curvar ou dobrar com facilidade; arqueável, dobrável, inclinável, maleável”. No ambiente de trabalho, por sua vez, a palavra ganha mais um significado: trata-se de uma tendência alinhada à nova geração de talentos — que busca mais liberdade, autonomia e equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal.
De forma geral, a flexibilidade no trabalho surgiu como uma alternativa ao expediente tradicional, que limitava a relação de trabalho a um modelo mais rígido. É fácil encontrar o catalisador para transformações tão rápidas e profundas: os profissionais da atualidade, mais jovens e mais independentes, forçaram a adaptação das corporações.
Hoje, mais do que nunca, é possível encontrar empresas que adotam, por exemplo, o home office facultativo e a carteira de benefícios flexíveis. O resultado da mudança tem sido bastante positivo, demonstrando que uma dose extra de maleabilidade agrega, também, mais competitividade na disputa por talentos.
Vale lembrar, porém, que a iniciativa do trabalho flexível exige conhecimento, disciplina e disposição. Incorporar um modelo menos intransigente requer a quebra de paradigmas e a reestruturação de alguns processos. Ao eliminar a obrigação do horário fixo, por exemplo, pode ser necessário reeducar a equipe e implantar tecnologias inovadoras de controle — afinal, flexibilidade não tem nada a ver com falta de produtividade, não é?
Na prática, a flexibilidade no ambiente corporativo deve fazer parte da cultura e do planejamento organizacional. Não importa se o conceito vai repaginar a política de remuneração (com renda variável por resultados), a dinâmica do expediente (abolindo o esquema das 9h às 18h) ou a forma de como os benefícios poderão ser utilizados nos estabelecimentos conveniados: o fato é que a transformação é real e os gestores de RH precisam se preparar para abraçá-la.
Como tornar o trabalho mais flexível?
A essa altura, é provável que você já esteja convencido de que a flexibilidade da empresa deve ser uma das prioridades do RH, certo? Agora, se você não sabe por onde começar, nada de pânico: confira algumas das principais dicas para tornar a rotina de trabalho mais flexível.
Aderir a uma jornada diferenciada
Foi-se o tempo em que a única opção aceitável era chegar ao trabalho às 9h e sair às 18h, com uma hora de almoço no meio do expediente. Entre 2017 e 2019, o número de empresas que adotaram o horário flexível, com o objetivo de se adequar à rotina e às necessidades particulares dos colaboradores, cresceu 192%. Um número já expressivo e que não para de subir.
A jornada diferenciada é uma das iniciativas mais comuns entre as companhias que desejam implementar estratégias de flexibilização — e, no Brasil, 83% dos profissionais levam esse fator em conta no momento de decidir para qual empresa vão trabalhar. Vale a pena considerar algumas adequações.
Disponibilizar a opção de home office
Com a chegada do novo coronavírus, o home office se tornou ainda mais popular. Antes da necessidade de apelar para o distanciamento social, havia empresas que duvidavam da eficiência da prática; depois da pandemia, a história mudou.
Em 2020, o trabalho remoto se tornou o principal modelo para 43% dos negócios brasileiros, acelerando um processo que, para os colaboradores, faz toda a diferença. O número de talentos que preferem trabalhar de casa, em vez da obrigatoriedade de se dirigir ao escritório, chegou a 70%. Sinal de alerta para a nova tendência.
Formatar um bom plano de carreira
Quem disse que o plano de carreira não pode ser flexível também? A mobilidade de carreira para além das linhas tradicionais é uma discussão cada vez mais frequente nas empresas de vanguarda. Hoje, um profissional da área Financeira pode, se for de seu desejo, ter boas oportunidades de desenvolvimento no Marketing. Transições semelhantes são mais comuns do que você imagina…
De fato, o futuro é pautado em mobilidade e já chegou ao desenvolvimento de carreira. No RH, a iniciativa tende a exigir planos coesos de transição — assegurando que nenhuma área seja prejudicada pelas movimentações — e dinâmicas eficazes de acompanhamento.
Investir em benefícios flexíveis
Por fim, ainda que não menos importantes, os benefícios corporativos também podem (e devem) se beneficiar da flexibilização. As empresas mais engajadas já notaram, inclusive, que uma carteira alinhada às expectativas dos colaboradores é fator decisivo na atração e na retenção de talentos. Os CNPJs que negligenciarem a novidade, deixando as mudanças para mais tarde, correm o risco de perder parte do time.
Para ir além dos benefícios tradicionais, vale investir em autonomia e, claro, contar com um parceiro experiente e antenado, capaz de responder às demandas de profissionais cada vez mais exigentes com soluções inovadoras e incríveis.
Como o RH pode proporcionar (e incentivar) a flexibilidade no trabalho?
Qualquer mudança na dinâmica corporativa, por menor que seja, incorre em burocracias internas. É preciso aprovar, regulamentar e efetivar a alteração com todos os públicos envolvidos — da alta administração ao operacional. O departamento de RH, portanto, é peça fundamental na viabilização de práticas mais flexíveis.
Além das tarefas administrativas, a gestão de pessoas também desponta como um fator sensível em qualquer iniciativa de flexibilização: é necessário alargar os canais de comunicação com os colaboradores e, ao longo da jornada, garantir que todos compreendam e se adaptem às novas possibilidades de trabalho.
Com isso, fica fácil perceber que a missão de viabilizar e incentivar a flexibilidade no trabalho faz parte das atribuições dos profissionais de Recursos Humanos. E não só isso: o desafio de monitorar e de mensurar a efetividade da estratégia — tanto em resultados quanto em atratividade no mercado, por exemplo —, deve acompanhar o desenvolvimento de toda a operação. Vale investir.
Dá para perceber que as empresas mais competitivas são as que melhor se adaptam às mudanças do mercado. Com a expansão do home office, aproveite o embalo e saiba como aplicar ferramentas eficientes para manter a produtividade da equipe na gestão remota. Sucesso e até breve!