Não é novidade que os colaboradores formam a maior força de uma empresa. Porém, a maneira com que as organizações precisam olhar para suas equipes sofreu transformações, principalmente durante o período de pandemia.
Dentre os motivos que levaram a esse cenário, há a mudança de visão dos próprios profissionais em relação aos seus empregos. Afinal, em meio a tantas incertezas, a valorização pela saúde (física e psicológica) e o bem-estar aumentaram, assim, os colaboradores veem as empresas como participantes da formação desses valores.
Por isso, a vivência dos funcionários em seus trabalhos deve ser ponto de atenção para o RH e a gestão, a fim de construírem experiências positivas. A cultura organizacional deve ser centrada nos colaboradores! Vamos entender mais sobre o assunto?
O que é uma cultura centrada no colaborador?
Primeiro, é fundamental entender que os colaboradores são a base de qualquer empresa. Mesmo com as diversas tecnologias inseridas nos processos, eles são responsáveis por fazer as atividades fluirem e o negócio se manter em constante desenvolvimento.
Dessa forma, incentivá-los a buscarem por melhorias, inovação e criatividade é importante para a continuidade e crescimento da empresa. Para criar um ambiente que impulsione tais características, é necessário que exista confiança entre as equipes e segurança emocional.
A cultura centrada no funcionário age em prol desse ambiente. Com ela, a comunicação aberta é estimulada, os feedbacks são constantes, há espaço para compartilhar ideias, dúvidas e sugestões sem receio de qualquer tipo de repressão.
Benefícios de uma cultura focada no funcionário
As vantagens de se construir uma cultura organizacional com foco no colaborador é como uma via de mão dupla, pois ao proporcionar uma experiência benéfica para as equipes, o negócio tende a crescer e obter melhores resultados.
O primeiro ponto a se notar é o aumento de produtividade, afinal, funcionários que têm boas experiências em seus trabalhos, assim como boas relações, criam o sentimento de pertencimento. Sentindo-se valorizados e respeitados, há maior empenho nas atividades exercidas, assim, aumentando o nível de produtividade.
Da mesma forma, a experiência positiva e o bom clima organizacional são fatores de atração e retenção de talentos. Como mencionado, os profissionais enxergam as empresas como influenciadoras em seu bem estar, portanto, um colaborador satisfeito tende a permanecer no local e propagar a marca empregadora.
Portanto, é possível notar que quando os colaboradores são o foco da cultura organizacional, há maior conexão entre os propósitos da empresa e o empenho dos funcionários, pois forma-se uma relação entre os objetivos de negócio e de carreira de cada profissional. Assim, os benefícios são mútuos.
Como promover a cultura centrada no colaborador
Quando o assunto é cultura organizacional, é válido ressaltar que cada empresa já possui sua cultura, ainda que não esteja formalizada por escrito, por exemplo. Por isso, toda mudança deve ser planejada e adaptada para a realidade de cada negócio.
Confira sete exemplos que te ajudarão a formar uma cultura centrada no funcionário:
Enxergue colaboradores como clientes
Vamos partir do princípio que os maiores responsáveis por formar uma cultura e cuidar das pessoas em uma empresa é o RH. Dessa forma, os colaboradores podem ser entendidos como clientes internos, tanto que diversas organizações já aplicam essa visão.
Assim como os externos, os clientes internos demonstram necessidades, dificuldades e desejos. É papel da gestão e do RH captar essas demandas e formar estratégias para que elas possam ser atendidas de maneira eficiente.
Invista na flexibilidade e na era digital
Duas mudanças significativas relacionadas à pandemia, foi a necessidade de um aumento na flexibilização e na utilização de ferramentas digitais. E, mesmo após esse período, ambas continuam se mostrando crescentes.
Não apenas por muitos colaboradores terem aderido ao home office ou ao trabalho híbrido de forma permanente. No caso do uso da tecnologia, os processos em meio digital otimizam a rotina e tornam as tarefas mais ágeis, deixando mais tempo e disposição para buscar inovação e atividades estratégicas.
Quanto à flexibilidade, uma tendência (principalmente com a nova geração no mercado de trabalho) é que as necessidades pessoais mudem com mais rapidez e a flexibilização de local, horário e até dos benefícios corporativos é a solução mais eficiente para essa alternância constante.
Crie uma rotina de feedbacks
Os feedbacks são essenciais para que exista uma comunicação assertiva. Também é uma ferramenta que deve ser vista como via de mão dupla, afinal, deve acontecer tanto de líder para liderado, quanto de colaboradores para a gestão.
Ou seja, ambos os lados devem compartilhar e escutar os pontos importantes. Os colaboradores precisam receber avaliações e orientações claras de seu desempenho, enquanto a organização precisa compreender o que as pessoas colaboradoras sentem no dia a dia para manter um bom clima e formar estratégias eficazes.
Proporcione segurança e confiança
A comunicação é peça chave para criar um bom ambiente de trabalho e boas relações. Compartilhar experiências, expor dúvidas, trazer sugestões, novas ideias e até praticar o feedback é essencial para o desenvolvimento contínuo dos próprios colaboradores e do negócio.
Porém, para que os funcionários consigam se expressar, é fundamental que eles se sintam respeitados e valorizados. Saber que suas falas não irão sofrer repressão ou quebra de sigilo em determinadas situações é necessário para que eles se sintam estimulados e confiantes para participarem ativamente da comunicação.
Tenha uma estratégia de valorização
Quando um colaborador percebe que seu esforço está sendo devidamente reconhecido e valorizado, há uma tendência de que ele continue produtivo no desempenho de suas tarefas e contribua cada vez mais com os objetivos da organização.
A valorização deve ser constante e por vir em diálogos rotineiros ou em feedbacks diretos. Mas, criar uma estratégia de recompensa também pode estimular e engajar as equipes. As recompensas podem variar de acordo com as necessidades demonstradas pelos funcionários.
Capacite os colaboradores a crescerem
Dificilmente um colaborador irá permanecer na empresa se não existir expectativa de crescimento profissional junto da organização. Por isso, ter um plano de carreiras estipulado e claro é um dos elementos fundamentais na retenção de talentos.
Outro fator é o apoio que a empresa oferece ao profissional que deseja crescer junto de seu negócio. Afinal, dificilmente alguém consegue ter uma promoção sem novas competências, cursos, entre outros. Portanto, a empresa deve guiar a qualificação e requalificação dos colaboradores que demonstrarem potencial e desejo de crescimento.
Priorize o bem estar
Como mencionado, o bem estar tornou-se um valor indispensável para os profissionais. Mais que um bom salário, os talentos buscam por empresas comprometidas com sua experiência positiva e satisfação.
Dessa forma, o RH precisa compreender o perfil dos colaboradores que atuam na empresa e suas respectivas necessidades. Assim como considerar o bem estar como um conjunto de elementos, como saúde física, mental, emocional e financeira, formando, então, a estratégia adequada.
Invista em seus clientes internos
Como afirma Richard Branson, fundador do Virgin Group, “cuide de seus funcionários e eles cuidarão de seus negócios”. Um ambiente de trabalho com experiências positivas geram colaboradores mais satisfeitos e, consequentemente, mais comprometidos com os objetivos da empresa.
A cultura centrada no funcionário tem como objetivo formar um local onde os profissionais têm suas ideias e esforços valorizados. É necessário comprometimento nas ações, mas a empresa se beneficiará com retenção de talentos, fortalecimento da marca empregadora e com bons resultados de negócio.
Ofereça experiências flexíveis! De acordo com uma pesquisa do Linkedin, 77% dos profissionais buscam por flexibilidade em sua rotina de trabalho, é uma das mais fortes tendências atuais. Por isso, deve estar incluída na cultura organizacional.
Além disso, a flexibilização fortalece o employer branding e transforma os colaboradores em promotores da marca. Para ter um passo a passo de como formar um ambiente flexível, baixe o infográfico gratuitamente!