De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas nascidas no final da década de 1990 e no início do milênio representam 23% da população brasileira, além de ocuparem 23 milhões de postos de trabalho. Essa é a “geração Z”.
Também conhecida como pós-millennials, esse grupo já se mostra ativo no mercado de trabalho e tende a se expandir cada vez mais. Dessa forma, novos desafios surgem em questões variadas, tanto para as empresas, quanto para os próprios jovens profissionais.
Afinal, é preciso entender o que compõe a nova geração e o que ela espera do mundo corporativo. Para quem está ingressando no mercado, é importante estar preparado para se destacar dentre os outros candidatos. Vamos entender como se preparar para o novo mercado de talento!
Quem é a geração Z
A geração Z são aqueles nascidos entre 1995 e 2010 e recebem esse nome por associá-los à onomatopeia “zap”, utilizada para fazer referência ao dinamismo, à rapidez e à agilidade. Como mencionado, também podem ser denominados como “pós-millennials”.
Naturalmente, este grande grupo nasceu e cresceu em meio a tecnologia. O que, de certa forma, estimulou o desenvolvimento de características como a busca constante por inovação, a criatividade, curiosidade, preferência por comunicações rápidas, entre outras.
Consequentemente, a “gen z” enxerga o mercado de trabalho da forma que muitas empresas se acostumaram. A visão de futuro altera a maneira com que se posicionam no presente, portanto, não são pessoas com foco em estabilidade, por exemplo.
São ainda mais digitais e fazem uso da tecnologia para se comunicar, aprender e socializar. Ainda assim, procuram por relações mais humanizadas no trabalho, ambientes que apóiem em sua qualidade de vida e valorizam o todo que a organização tem a oferecer, ou seja, salário, benefícios, flexibilidade e outros aspectos.
As mudanças no cenário geral
Atrelado à chegada da nova geração, vivemos o que especialistas consideram a quarta revolução industrial. Também conhecida como indústria 4.0, seu foco engloba o mundo digital, a tecnologia, inovação e automação.
Portanto, os modelos de negócio também sofrem alterações, com mudanças de processos, criação de novos empregos e deslocamentos de determinadas funções. Da mesma maneira que as habilidades exigidas e a forma de trabalho também passam por rápidas mudanças.
Destaca-se nessas características emergentes a paixão pela flexibilidade. Seja nos contratos, forma de pagamento, modelos e relações de trabalho, a nova geração junto da indústria 4.0 demanda uma flexibilização incomum para muitas organizações.
Dessa forma, é possível perceber um aumento gradual em trabalhos temporários e freelancers, que buscam por uma maneira de prestarem os seus serviços com mais autonomia, trazendo uma nova tendência de movimento para as empresas.
O impacto no mercado de trabalho
Sem dúvidas, a entrada de uma geração com tantas mudanças traz desafios para as organizações. Para acompanhar o uso inevitável das tecnologias e conseguir absorver os novos profissionais de forma positiva, os processos organizacionais precisam ser revisados.
Para que as tarefas sejam executadas de forma assertiva, os processos precisam se atualizar e integrar as ferramentas tecnológicas de maneira adequada. Assim como a nova onda de profissionais precisa ser compreendida para que seus talentos sejam bem aproveitados.
É válido ressaltar, então, que as expectativas quanto aos empregos e empregadores é de uma relação mais humanizada, com reconhecimento constante, um ambiente que permita cooperar com as metas gerais e aspirações pessoais, planos de carreiras mais dinâmicos e com espaço para inovação.
Com isso, organizações se vêem com uma necessidade de moldar a estratégia de atração e retenção de talentos, a fim de conseguirem conquistar e manter os melhores profissionais. É preciso encontrar perfis com fit cultural e fazê-los criar uma identificação de propósitos com a empresa.
Para manter-se competitivo no novo mercado de talentos, é essencial compreender a mentalidade colaborativa e inovadora. Ferramentas como employer branding e employee experience podem oferecer grande vantagem nessa disputa.
Como se preparar para o mercado pós-millennials
Apontadas tantas demandas recentes, é essencial que os líderes e as equipes de recursos humanos estejam preparados para auxiliar as organizações a receberem esse novo mercado e obterem bons resultados com os profissionais.
Este processo deve incluir desde o momento de recrutamento e seleção, atraindo potenciais perfis, o onboarding e a longevidade do colaborador. São novos métodos de engajamento e desenvolvimento que tornem o ambiente propício para motivar-se, crescer, colaborar e trabalhar. Confira pontos de destaque:
- Invista em processos de recrutamento e seleção que analisem além das habilidades técnicas, englobando aspectos comportamentais para avaliar o fit cultural;
- Tenha uma marca empregadora forte, transparente e honesta. Assim, os futuros colaboradores criam identificação com a organização e evitam frustrações ao se deparar com a rotina de trabalho;
- Adote uma comunicação assertiva e contínua, com objetividade nas informações, mas que seja empática. A cultura do feedback também é bem vista pela nova geração;
- Revise os processos para adequá-los às novas tecnologias conforme for viável a realidade de cada setor;
- Crie um ambiente colaborativo, com mentalidade aberta a inovações, aprendizado e crescimento através de programas de treinamento;
- Utilize os benefícios flexíveis para atender as demandas cada vez mais voláteis da geração
Contudo, é importante lembrar que adaptar o ambiente para a chegada de um novo mercado de talentos não é excluir os profissionais já atuantes. Ou seja, as mudanças devem ser feitas com cautela, avaliando como cada processo e cada equipe irá se adaptar.
Assim, é possível evitar um embate entre gerações no local de trabalho, o que desestimula os colaboradores, reduz a produtividade, piora o clima organizacional e aumenta o índice de rotatividade.
O RH como protagonista
O mundo já vive os impactos da geração Z no mercado de trabalho e, inevitavelmente, as organizações em algum momento terão que discutir as mudanças que precisam ser realizadas. Para ter um bom equilíbrio e obter resultados promissores, o RH deve ser estratégico.
Será preciso ter boas análises para a seleção de talentos, assim como respeitar o nível de adaptabilidade das equipes atuantes. Ter atenção quanto aos treinamentos que serão necessários e às relações de trabalho, visando manter um bom clima organizacional. Com planejamento, é possível estar preparado para o novo mercado de talentos.
Neste post, você aprendeu a se preparar para o novo mercado de talentos. Que tal aprender a melhorar a sua marca empregadora com Benefícios Flexíveis? Acesse o nosso checklist “8 dicas práticas para você usar os Benefícios Flexíveis no fortalecimento da sua Marca Empregadora” e se torne especialista no assunto!