Candidate Expeirence: é preciso falar sobre a jornada do colaborador

Se você está habituado aos processos de RH, é provável que já tenha percebido que as iniciativas de recrutamento e seleção não são mais as mesmas. O candidate experience, por exemplo, é uma demanda recente e que, ao atuar como catalisador de benefícios valiosos, tem ganhado cada vez mais espaço nas rotinas corporativas.

Neste post, você entenderá um pouco mais sobre o assunto. Primeiro, detalharemos o conceito, explicando seu propósito nas empresas mais antenadas. Em seguida, abordaremos a importância de implementar as melhores práticas nas dinâmicas de recrutamento e seleção que você executa regularmente. Por fim, indicaremos a influência da experiência do candidato nos resultados organizacionais, destacando alguns dos impactos mais relevantes.

Ao fim da leitura, você certamente se sentirá mais preparado para reformular as estratégias usadas para atrair e reter talentos, impulsionando o desempenho da equipe como um todo. 

Preparado? Boa leitura e bons insights!

O que é candidate experience?

O termo, quando traduzido livremente para o português, significa “experiência do candidato”. A expressão, por si só, já proporciona uma boa ideia do propósito: potencializar a interação com o profissional que participa do processo seletivo, gerando impactos amplamente positivos desde o primeiro contato com a marca. Com objetivos tão ambiciosos, é natural que os esforços de encantamento envolvam uma série de etapas.

Na prática, o candidate experience descreve (e se preocupa com) o conjunto de interações que o candidato tem com a empresa ao longo do processo de seleção — da descrição da vaga à resposta final, após as dinâmicas e entrevistas definidas. Em alguns casos, mesmo o onboarding, que contempla a integração do novo funcionário à rotina da organização, pode fazer parte das demandas do time focado em experiência.

A maior preocupação, neste caso, é com a forma como o candidato se sente ao vivenciar o processo de contratação da companhia. O desafio é criar percepções altamente positivas, maximizando, além do interesse pela posição, a paixão verdadeira pela marca. É simples entender o motivo: por trás de cada profissional em busca de uma vaga, existe uma pessoa interessada em fazer a diferença, e são as pessoas que constroem — e alimentam — as empresas.

Por que é importante investir na experiência do candidato?

Em primeiro lugar, é fundamental enxergar no processo seletivo mais que uma simples porta de entrada para novos colaboradores. As fases de recrutamento e seleção são, na verdade, um valioso ponto de contato com a sua marca. Cada indivíduo que tenta uma vaga na empresa pode ser, para além de um profissional qualificado, um consumidor latente. 

Com isso em mente, é provável que você comece a visualizar o esforço de experiência com outros olhos. Neste contexto, a missão do RH é identificar os talentos mais promissores e, ao mesmo tempo, encantar todos os participantes. Transparência, respeito e empatia são atributos que compõem um excelente alicerce para o futuro da organização — tanto na composição da equipe quanto no relacionamento com quem já faz parte do time.

Aqui, cabe um alerta: uma experiência ruim é capaz de prejudicar o apelo da organização, interferindo não apenas na proposta de emprego, mas na visão geral acerca da empresa — inclusive enquanto fornecedora de produtos e/ou serviços que o candidato use ou venha a desejar. Vale ter muito cuidado com a imagem transmitida ao longo do processo, combinado?

Por falar em processo, é importante agregar estratégias amigáveis à experiência do candidato desde o primeiro momento. Por exemplo, uma pesquisa recente identificou que 61% dos candidatos já desistiram de se inscrever em uma determinada vaga por conta de formulários muito extensos, enquanto 45% disseram que uma boa descrição estimula a candidatura. Ou seja: fique atento aos passos iniciais.

No entanto, a informação mais sensível do levantamento parece ser o feedback dos profissionais: 50% dos entrevistados afirmaram que não voltariam a tentar uma posição na empresa caso o processo de seleção deixasse uma impressão ruim. Com isso, o risco de perder bons talentos é alto — e você não pode se dar ao luxo de corrê-lo, certo?

Para evitar transtornos e prejuízos, no curto e no longo prazo, convém se preocupar verdadeiramente com a experiência do candidato. Dedique tempo para estruturar o processo e não deixe de validá-lo, implementando as melhorias necessárias com a frequência adequada.

Como o candidate experience influencia nos resultados corporativos?

Como já adiantamos, o profissional que participa de uma seleção é muito mais que um candidato: é um potencial embaixador da marca, ainda que não seja contratado. A dinâmica do recrutamento precisa considerar esse fator — e, no que diz respeito aos profissionais de RH, o desafio é despertar sentimentos positivos a cada nova entrevista, gerando resultados exponenciais à companhia. 

Quando um candidato tem uma boa experiência, por exemplo, é comum que ele:

  • volte a se inscrever para outras posições, caso não seja aprovado;
  • indique a empresa a outras pessoas, reforçando os fatores positivos de sua vivência;
  • continue acompanhando as atualizações da marca;
  • consuma algum produto ou serviço, de acordo com seu perfil de interesse;
  • se contratado, execute um excelente trabalho, uma vez que se identifica com os valores e os propósitos da marca.

Diante disso, fica fácil notar a influência que a experiência do candidato tem para o desenvolvimento da organização. Se, por um lado, os esforços garantem que todos os profissionais envolvidos — aprovados e reprovados — tenham boas lembranças do processo seletivo, por outro, certificam que a equipe seja formada por indivíduos altamente competentes e engajados desde o primeiro contato. 

Entretanto, não se deixe enganar: o candidate experience é apenas o começo. Após a contratação, é preciso investir em estratégias que complementam a jornada do colaborador, potencializando a satisfação individual e coletiva. Para isso, é urgente e imprescindível planejar e investir em ações de employee experience, cuja principal meta é manter os funcionários motivados e produtivos. 

Agora, aproveite para entender como é possível aplicar o employee experience na equipe já contratada. Sucesso e até breve!

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