Como lidar com o absenteísmo na empresa

Os profissionais de RH têm uma missão importante: conter o absenteísmo corporativo para, assim, alavancar os resultados do negócio. O cenário é, de fato, desafiador — mas estratégias assertivas são capazes de criar e solidificar os diferenciais competitivos de qualquer empresa, independentemente do porte ou do segmento de atuação.

Neste post, você entenderá um pouco mais sobre o assunto. Primeiro, explicaremos um pouco mais sobre o conceito para, em seguida, mergulhar nas principais causas do absenteísmo. Você também saberá como acabar com as faltas injustificadas de uma vez por todas, viu?

Boa leitura e bons insights!

O que é absenteísmo?

No dicionário, a palavra “absenteísmo” descreve com propriedade duas situações bem incômodas no ambiente de trabalho: o hábito de estar ausente e a ausência programada antecipadamente. Se você tem intimidade com as rotinas de RH, é provável que já tenha se deparado com esse tipo de cenário…

Na prática, o absenteísmo é um dilema bastante sério e pode comprometer o desempenho da equipe — e da empresa como um todo, principalmente no que diz respeito à saúde do fluxo de caixa. Trata-se, de forma geral, de um padrão de atrasos e faltas: o colaborador deixa de comparecer a um compromisso (tal qual uma reunião agendada) ou a uma obrigação (como o dia em que o prazo de entrega de um documento se encerra) por diversas vezes.

Dá para imaginar o tamanho do impacto que comportamentos assim podem causar nos números corporativos, né? 

O impacto do absenteísmo nos números corporativos podem ser enormes e já existem ferramentas que permitem fazer esse cálculo. Por isso, calcule o índice de absenteísmo na sua empresa para entender como você pode se beneficiar ao melhorar a cultura do bem-estar.

Quais são as principais causas do absenteísmo?

Se o desafio é eliminar o absenteísmo na organização, o primeiro passo é entender as causas do problema. É aí, portanto, que o RH entra em (e rouba a) cena.

A missão do departamento é criar estratégias eficientes no combate ao absenteísmo, preservando a integridade time e o equilíbrio das contas. Tudo começa na compreensão ampla do contexto e, a partir disso, na busca por possíveis soluções.

Uma boa tática é monitorar o clima organizacional com regularidade. Se, ao aplicar a pesquisa, você identificar respostas evasivas e irritadas, vale acender o sinal de alerta: afinal, quando os funcionários estão incomodados e desmotivados, o índice de faltas tende a crescer de maneira significativa. Certifique-se de criar um plano de ação antes que o pior aconteça!

A ausência de benefícios competitivos também pode ser um catalisador de insatisfação — e, por sua vez, funciona como uma espécie de combustível para o absenteísmo. Caso a companhia esteja defasada, destoando demais dos concorrentes e das empresas que são referência no mercado, por exemplo, é natural que haja certo descontentamento. É importante ficar atento!

Como acabar com o absenteísmo de uma vez por todas?

A boa notícia é que é plenamente possível, além de totalmente viável, lançar mão de medidas capazes de sanar os gargalos e alavancar a produtividade da equipe, acabando com a sequência onerosa de faltas injustificadas. Na luta contra o absenteísmo, o RH tem muito trabalho, mas, por outro lado, também tem uma miríade de oportunidades à frente. Confira algumas das principais táticas para acabar com as ausências de uma vez por todas.

1. Fortaleça a cultura e o clima organizacional

A cultura corporativa remete ao conjunto de valores, hábitos e práticas defendido por determinada companhia. Quanto mais alinhados a ela os funcionários estão, mais produtiva e transparente tende a ser a operação. 

Não à toa, o assunto tem sido uma das prioridades entre os gestores das unidades mais competitivas. De acordo com um levantamento da PwC, divulgado em 2019, as 50 empresas mais amadas do Brasil defendem que “a cultura da organização é um tópico importante na agenda da alta liderança”.

O clima organizacional é, sem dúvida, um dos desdobramentos mais importantes. Entender qual é a percepção do colaborador a respeito das políticas internas — da eficiência de processos à qualidade dos benefícios oferecidos, passando pelas mais diversas rotinas e áreas — é essencial para manter a equipe feliz. 

Lembre-se de que funcionários felizes são 12% mais produtivos e vendem até 37% mais. Com a satisfação em alta, o reflexo tende a ser imediato e amplamente positivo: nada de absenteísmo! Vale investir.

2. Capriche nos benefícios

Segundo um estudo promovido pela Glassdoor, quatro em cada cinco profissionais preferem um benefício incomum a um reajuste no salário. Essa perspectiva demonstra a importância de desenhar uma carteira atrativa de regalias adicionais, indo ao encontro das principais demandas do mercado enquanto surpreende o time interno.

Uma boa maneira de criar programas de incentivo, no esforço contínuo para combater o absenteísmo, é reconhecer o compromisso e a produtividade dos indivíduos. Por exemplo: o colaborador manteve a frequência nos últimos seis meses, não apresentando nenhum atraso ou falta injustificada? Ótimo! Ele passa a ter acesso a um valor adicional depositado a cada semestre.

A estratégia de bonificação é bastante utilizada e apresenta índices interessantes de sucesso. Entretanto, ao estruturar uma iniciativa de recompensas, considere preferências alinhadas ao perfil do seu funcionário. A melhor forma de evitar erros — e, assim, minimizar a adesão — é priorizar os benefícios flexíveis, empoderando aqueles que os recebem.  

3. Invista nas rotinas de feedback

Enxergar o feedback como uma obrigação não vai deixar a sua equipe mais motivada. Por outro lado, entender a dinâmica do desenvolvimento profissional sob uma ótica construtiva — na qual o RH lidera e ajuda a traçar os melhores caminhos para que as metas individuais sejam alcançadas — faz toda a diferença nos resultados do time e da empresa.

No que diz respeito ao absenteísmo, não seria nenhum exagero afirmar que a orientação certa, concedida de forma estruturada e na periodicidade adequada, tem impacto direto na diminuição das ausências sem motivo. Por isso, um cronograma de feedbacks ajuda a manter o negócio funcionando e assegura que os prejuízos com abstenções sejam minimizados. Se você ainda não tem uma política assim, é melhor correr: a competitividade da sua organização também depende disso, viu?

4. Zele pela saúde física e emocional da equipe

Por fim, ainda que não menos importante, entra em cena a preocupação genuína com a saúde dos funcionários. De acordo com uma pesquisa da Health Enhancement Research Organization, 90% dos gestores concordam que o bem-estar no ambiente de trabalho afeta o desempenho do time. A redução do absenteísmo é apenas um dos reflexos.

E não se trata apenas de especulação, viu? A McKinsey & Co constatou que as 25% das empresas mais bem posicionadas em um índice de Saúde Organizacional (OHI) são, também, as que oferecem retornos mais expressivos aos acionistas — acumulando cerca de 3x mais lucros.

Diante disso, a conclusão é clara: investir tempo (e recursos) na saúde física e mental da equipe pode impulsionar a eficiência e a competitividade do negócio.

Ufa! Ao adotar as melhores práticas da gestão de pessoas, é provável que você reduza problemas recorrentes com absenteísmo. Pode confiar: os resultados são imediatos e duradouros. Sua empresa e seus colaboradores agradecem!

O conteúdo foi útil e ajudou você a traçar estratégias para maximizar a performance da equipe? Ótimo! Aproveite para desvendar todos os mistérios da gestão de pessoas com nosso guia exclusivo. Sucesso e até breve! 😉

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