Torna-se cada vez mais clara a ideia de que as organizações são formadas por relações humanas e, assim como outros tipos de relação que fazem parte da vida, a comunicação é um dos pontos-chave para um desenvolvimento saudável no dia a dia.

Inclusive, a habilidade de se comunicar bem já é tratada como soft skill no mundo corporativo. No entanto, saber dialogar diante de conflitos e opiniões diferentes mantendo a ideia de crescimento pode ser um desafio, por isso, empresas vêm investimento na comunicação não violenta em suas culturas. Vamos saber mais?

O que é a Comunicação Não Violenta?

Criado pelo psicólogo americano Marshall B. Rosenberg, o termo Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem com base nas habilidades de linguagem e comunicação que propõe um diálogo com maior reflexão sobre as necessidades próprias e dos outros para se comunicar com maior consciência.

Em 1984, Marshall fundou uma ONG dedicada à propagação global da ideia. A prática não tem como objetivo impedir conflitos, mas trabalhar a empatia, tornando a percepção de sentimentos e necessidades mais clara e, consequentemente, mais responsável, melhorando a qualidade nos relacionamentos interpessoais.

Com maior facilidade nas conversas, a cooperação tende a se desenvolver melhor, segundo a pesquisa realizada pela Harvard Business Review (2020), cerca de 69% dos gestores não se sentem confortáveis para se comunicar com os colaboradores. Diálogos mais empáticos são mais claros e trazem motivação para executar a rotina.

Como aplicar a Comunicação Não Violenta?

Certamente, a CNV deve ser implantada na cultura da organização, por isso, é essencial realizar um diagnóstico da percepção dos colaboradores em relação à comunicação existente e analisar como eles se sentem, deixando aberto para apontarem sugestões de melhoria. 

Além disso, entender os pilares da prática para, então, investir em treinamento é fundamental. Os quatro principais pilares são:

Observação: Exercitar o hábito de separar julgamentos precoces e fatos, saber manter a imparcialidade para analisar uma determinada situação;

Sentimento: Saber se expressar abertamente, mas avaliando o sentimento que a própria fala causa no outro, o que a interação provoca;

Necessidades: São as reflexões em relação aos objetivos próprios e os do próximo, tornar a comunicação efetiva, mas com atenção aos sentimentos que geram a necessidade;

Pedido: Saber pedir com clareza o que irá trazer uma resolução, mas com cuidado para não se tornar uma imposição de ideias ou exigência

O exemplo é uma parte importante para gerar mudança, por isso, líderes e gestores devem estar comprometidos a iniciarem o hábito de comunicação não violenta. Buscar orientar e guiar as equipes a fim de estimular o crescimento dos colaboradores e criar relações de confiança.

Valorize ambientes colaborativos

Introduzir uma nova prática para a cultura da organização não é uma tarefa simples, mas, neste caso, é promissora. Em ambientes que proporcionam maior segurança e confiança nas relações tendem a ser mais produtivos devido ao bem estar gerado para os colaboradores.

Valorizar a comunicação não violenta irá promover um local mais saudável para troca de ideias, desenvolvimento com foco no aprendizado, uma colaboração real entre pessoas e maior conexão entre o empregado e o ambiente de trabalho, aumentando a sensação de pertencimento.

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Com esse texto, você aprendeu a manter uma comunicação saudável. Para melhorar ainda mais o ambiente de trabalho, leia o nosso infográfico “Infográfico Passo a passo: Como oferecer experiências mais flexíveis aos colaboradores”.

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