O sucesso de uma empresa, independentemente de seu tamanho e setor, depende de uma série de fatores. Não basta, por exemplo, contar com um produto excelente e não investir em um marketing eficiente. Da mesma forma, de nada adianta montar toda uma estratégia de mercado sem garantir que os colaboradores apresentem bons níveis de produtividade.

Mas, afinal, como conseguir isso? As empresas líderes de mercado já perceberam, há algum tempo, que investir na satisfação das equipes é o caminho mais curto para elevar seu comprometimento e engajamento. Para tal, oferecer um ambiente de trabalho positivo e salários competitivos são ações imprescindíveis, mas é preciso ir além.

É aí que entram os Benefícios Flexíveis, que estão revolucionando a gestão de recursos humanos de diversas empresas. Ao contrário dos benefícios convencionais, essa solução permite maior autonomia e liberdade para colaboradores com necessidades diversas. Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!

Afinal, o que são Benefícios Flexíveis?

Consiste em um pacote de vantagens que as empresas oferecem aos seus colaboradores, conforme a particularidade de cada um. 

A ideia é dar aos profissionais a chance de personalizar o acesso a tais benefícios, respeitando a necessidade dentro do cotidiano de vida deles e de suas famílias. 

Neste contexto, a empresa pode ampliar o leque de possibilidades de atrativos como plano de saúde, previdência privada e bolsa de estudo. 

Um dos exemplos mais recorrentes e eficazes de flexibilidade de benefícios são os ligados ao setor alimentício.

Mas como assim? Uma empresa pode fornecer o vale refeição, que serve para a pessoa se alimentar nos intervalos de almoço, lanche e jantar em meio a jornada de trabalho, e o vale alimentação, que tem a proposta de permitir a realização de compras dos produtos nos supermercados. 

Em outras palavras, a empresa pode fornecer os dois mecanismos do ramo alimentício de forma simultânea ou separada, contemplando o profissional de forma diferenciada. 

Como funciona a implantação dos Benefícios Flexíveis?

O sistema de Benefícios Flexíveis pode ser implementado por empresas de diferentes tamanhos e segmentos. 

Entretanto, o mecanismo é mais interessante para companhias de médio e grande porte, pois elas possuem uma infraestrutura maior e com mais funcionários, o que exige a oferta de mais atributos e benefícios para os colaboradores. 

No caso das pequenas empresas, os Benefícios Flexíveis podem ter um custo maior, em função do número de profissionais do quadro funcional e do grau de dificuldade para operacionalizar a gestão destes pacotes diferenciados. 

De qualquer forma, ao implantar os Benefícios Flexíveis é importante observar os seguintes aspectos: 

  • Saiba o que os colaboradores desejam; 
  • Monte pacotes personalizados, considerando a necessidade dos profissionais; 
  • Defina o critério de escolha e o método de gestão dos Benefícios Flexíveis; 
  • Apresente aos profissionais e oficialize o novo pacote.

A flexibilidade tem sido um fator determinante na gestão de pessoas e, nesse contexto, destacam-se os Benefícios Flexíveis, que nada mais são do que um pacote de opções no qual cada funcionário tem a liberdade de escolher as vantagens de sua preferência.

Na última premiação brasileira promovida pela consultoria Great Places to Work, essa modalidade de serviço foi citada pelos colaboradores de diversas empresas que figuraram entre as mais bem avaliadas do país.

Essa realidade deixa claro que as pessoas têm necessidades, interesses e ambições diferentes e gostam quando essas diferenças são percebidas e valorizadas pelos gestores. Entretanto, os impactos positivos dos Benefícios Flexíveis vão muito além disso. A seguir, apresentamos diversas formas em que essa iniciativa pode contribuir para a produtividade das empresas. Confira.

Como os Benefícios Flexíveis contribuem para a produtividade

Vagas mais atrativas

A alta produtividade de uma empresa parte da sua seleção de talentos, etapa que muitas vezes é um desafio para as organizações, seja pela baixa disponibilidade de profissionais qualificados, seja pela perda de candidatos para concorrentes.

Em ambos os casos, os Benefícios Flexíveis são um atributo que pode contribuir com o Employer Branding e tornar as vagas ofertadas muito mais atrativas e competitivas, especialmente dentro de plataformas especializadas, como Glassdoor e LinkedIn.

Também vale destacar que a flexibilidade não é algo valorizado apenas pelas novas gerações. Pessoas mais velhas com vasta experiência de mercado também estão buscando novos estilos de vida e opções de entretenimento, especialmente após as transformações geradas pela pandemia de COVID-19.

Aumento da satisfação dos colaboradores

Caterpillar, Magazine Luiza e Dell Technologies lideram o ranking das 150 Melhores Empresas Para Trabalhar no Brasil em 2020, promovido pela Great Places to Work. Entre as diversas ações realizadas por elas para obter essa conquista, temos os Benefícios Flexíveis como um atributo citado por funcionários de todas elas.

Grandes intelectuais da administração moderna, como Peter Drucker e Philip Kotler, observaram em seus estudos que a expansão dos meios de informação e a vasta oferta de conteúdo disponibilizada ao público tornou a sociedade mais crítica em relação às atitudes das empresas e as pessoas mais inclinadas a aprovarem marcas que atendem suas necessidades e desejos particulares.

Seja como consumidores, seja como colaboradores, as pessoas querem ser tratadas como indivíduos, isto é, seres dotados de identidade, presença e autonomia. Dessa forma, as empresas que oferecem opções aos seus funcionários tendem a ser mais apreciadas, pois, ainda que de maneira indireta, elas estão valorizando a opinião, o comportamento e as preferências de cada um.

Melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional

As empresas podem oferecer benefícios em diversas categorias aos seus colaboradores: vale cultura, vale combustível e estacionamento, descontos em serviços e estabelecimentos, planos odontológicos e de saúde, auxílio creche e até planos de previdência privada.

O ideal é que os pacotes oferecidos pelas organizações equilibrem benefícios para sua vida pessoal e profissional, tendo em vista que há uma influência direta entre ambos. Colaboradores com uma boa qualidade de vida tendem a ser mais empenhados, dispostos e produtivos.

Entretanto, como destacado nos tópicos anteriores, é preciso observar que esse equilíbrio pode variar significativamente de acordo com o perfil, a idade e o momento de vida de cada indivíduo. Sendo assim, oferecendo diferentes opções de benefícios, os gestores não apenas reduzem o absenteísmo, como permitem que os profissionais equilibrem essas vantagens de uma forma mais coerente.

Desenvolvimento profissional das equipes

Os benefícios também podem abranger bolsas de estudo em cursos profissionalizantes, de graduação e pós-graduação, o que deixa claro que esses recursos também desempenham um papel no desenvolvimento do negócio.

Ao usufruir desses benefícios, o profissional tem a oportunidade de aprimorar suas habilidades, se qualificar para novas funções e crescer dentro da organização. Isso é visto de uma forma muito positiva pelos funcionários que tendem a valorizar ainda mais o seu trabalho e a empresa.

No entanto, tal como todos os outros aspectos abordados anteriormente, os planos e ambições dos profissionais também podem variar bastante de colaborador para colaborador, o que, mais uma vez, ressalta a importância da flexibilidade na oferta de benefícios.

Maior engajamento e lucratividade

Os gestores de Recursos Humanos sabem que o clima de uma organização pode contribuir diretamente para os resultados do negócio, e várias pesquisas destacam essa realidade. Um levantamento da Gallup, por exemplo, demonstrou que empresas com funcionários altamente engajados apresentam uma produtividade 21% acima das demais e uma lucratividade 22% maior.

Colaboradores engajados são mais presentes e comprometidos, mais atentos e sensíveis às necessidades dos clientes e mais rigorosos em relação à qualidade dos processos em geral. Tudo isso favorece o empreendimento de forma sistêmica, além de motivar outros a atuarem de maneira semelhante.

Para criar um ambiente de alto engajamento, porém, é preciso respeitar a diversidade, compreender as particularidades de cada indivíduo e dar autonomia para que essas pessoas também participem da construção da sua experiência profissional, o que nos leva a outro ponto importante e que tratamos no próximo tópico.

Melhoria da Employee Experience

Employee Experience, ou experiência do colaborador, pode ser entendida como o saldo de todas as ações de relacionamento entre uma empresa e seus funcionários, da seleção ao último dia de trabalho. Cada profissional tem uma história dentro de uma organização e é papel do RH garantir que essa jornada seja a mais harmônica e produtiva possível.

Já se foi o tempo em que os salários eram a principal preocupação das pessoas ao escolher um cargo ou empresa. Hoje, elas estão mais atentas a outros fatores como saúde, lazer e qualidade de vida. Em uma pesquisa realizada pela Glassdoor sobre Employee Experience, 80% dos entrevistados disseram preferir mais benefícios do que um aumento de salário.

Somando-se esse fato à liberdade concedida pelos Benefícios Flexíveis, temos algo que realmente pode aumentar significativamente a aprovação das pessoas e contribuir diretamente para sua satisfação dentro do ambiente de trabalho.

Como você vê, os Benefícios Flexíveis são uma oportunidade de alinhar as vantagens disponíveis com as necessidades específicas de cada colaborador. Dessa forma, eles participam diretamente da construção da sua experiência pessoal e profissional dentro da organização, o que é visto de uma forma muito positiva pelos funcionários e contribui para sua produtividade e engajamento.

Quais erros evitar ao implantar Benefícios Flexíveis?

Como vimos até aqui, não resta dúvida de que os Benefícios Flexíveis impactam positivamente na vida do colaborador. 

Entretanto, se você lançar o mecanismo de forma equivocada isso pode ser um tiro no pé. Pensando nisso, elencamos alguns equívocos que não podem ser cometidos na implementação. Olha só!

Excluir profissionais da fase de planejamento

Pode parecer banal dizer que os colaboradores têm que ser ouvidos neste processo, mas o fato é que esse erro acontece com frequência. 

É muito importante se comunicar com os profissionais, ouvir suas demandas, visando implementar Benefícios Flexíveis adaptados às suas necessidades. 

Não identificar necessidades especiais entre os colaboradores

Imagine que você tem um time de profissionais que trabalha remotamente, mas outra equipe atua presencialmente. 

No que diz respeito a Benefícios Flexíveis, pode ser que pessoas que atuam em diferentes departamentos tenham necessidades diferentes, o que exigirá pacotes personalizados. 

Entretanto, se a empresa não consegue identificar isso com clareza, o resultado pode ser parte da equipe insatisfeita ou desmotivada. Por isso, é muito importante mapear a necessidade do time para não cair nesse erro. 

Não monitorar a implementação dos Benefícios Flexíveis

A adoção destes mecanismos prevê a realização de um acompanhamento contínuo para medir o grau de efetividade dos benefícios, no que diz respeito aos índices de satisfação dos profissionais. 

Portanto, logo após estes programas entrarem em vigor, é importante estabelecer métricas de acompanhamento do seu nível de eficiência. 

Resistência a mudança de comportamento

Mesmo com o crescimento do trabalho remoto e outras mudanças que estão acontecendo no mundo corporativo, muitas empresas ainda são inflexíveis e não aceitam abrir mão, por exemplo, da supervisão presencial dos trabalhos. 

Portanto, antes de implementar Benefícios Flexíveis, é essencial educar os gestores para que eles se conscientizem que tais mecanismos podem ter resultados na satisfação e performance dos colaboradores e, consequentemente, nos resultados da companhia.

Quer aprender mais sobre o assunto? Então continue conosco e confira agora os impactos dos benefícios corporativos na jornada do colaborador.

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