Com a transformação digital e a flexibilização das relações de trabalho, falar sobre planos de carreira nunca foi tão urgente. Empresas que desejam atrair e reter talentos em 2025 precisam ir além da progressão vertical tradicional e entender os diferentes formatos de crescimento profissional.
Neste artigo, exploramos os modelos de carreira em X, Y e W — formatos que oferecem caminhos distintos para o desenvolvimento, alinhando expectativas pessoais e metas organizacionais.
O que é plano de carreira e por que ele importa?
O plano de carreira é uma ferramenta de gestão de pessoas que define caminhos claros de evolução dentro de uma empresa. Ele pode ser:
- Corporativo: estruturado pela empresa para guiar o crescimento dos colaboradores;
- Pessoal: criado por cada profissional, com base em seus objetivos e valores.
O ideal é que esses dois planos caminhem juntos. Quando isso acontece, há mais engajamento, clareza de expectativas e retenção de talentos.
Carreira em X: foco em objetivos pessoais
A carreira em X é voltada para profissionais que têm metas bem definidas e constroem seu caminho com base nessas ambições. É um modelo mais autônomo e não necessariamente atrelado à hierarquia da empresa.
Perfil ideal: pessoas com alto grau de autoconhecimento, foco, disciplina e abertura a diferentes experiências ao longo do caminho.
Exemplo: um colaborador que quer se tornar especialista global em um tema e molda suas escolhas, mudanças de empresa e cursos com esse foco.
Carreira em Y: especialização ou liderança
Representada pelo formato da letra Y, esse modelo oferece duas trilhas de crescimento dentro da empresa:
- Técnica: para quem quer se aprofundar na sua área de conhecimento;
- Gestão: para quem deseja liderar equipes e projetos.
Ambas as trilhas têm o mesmo peso e reconhecimento, o que evita a desvalorização de quem não quer se tornar gestor.
Exemplo: um engenheiro pode optar por se tornar gerente de engenharia ou especialista sênior em sua área, com a mesma progressão salarial e de status.
Carreira em W: multidisciplinaridade e gestão técnica
O modelo W reconhece que profissionais podem ter mais de uma vocação. Ele permite que a pessoa combine especialização técnica com responsabilidades de liderança. É ideal para ambientes mais fluidos e colaborativos.
Perfil ideal: profissionais multidisciplinares, com interesse em atuar em diferentes frentes, como produto, gestão e operação.
Exemplo: um analista financeiro que lidera uma frente de implantação de ERP em paralelo com seu trabalho técnico.
Qual modelo é o melhor?
Não existe resposta certa. O ideal é que a empresa ofereça opções alinhadas com os perfis do seu time e que permita transições entre modelos ao longo do tempo. Flexibilidade é a chave.
Para o RH, isso significa construir trilhas de carreira adaptáveis, transparentes e com critérios bem definidos.
Como implementar modelos de carreira no RH?
- Mapeie os perfis internos: use dados de avaliação de desempenho, feedbacks e entrevistas de carreira.
- Crie trilhas claras e documentadas: inclua habilidades esperadas, marcos de evolução e metas.
- Comunique os caminhos de forma acessível: use intranet, onboarding e reuniões com lideranças.
- Ofereça mentorias e capacitação: permita que as pessoas testem diferentes frentes e se desenvolvam.
- Atualize os modelos com base em dados e feedbacks: planos de carreira são vivos, devem evoluir com a empresa.
Quer engajar e reter talentos com mais consistência? Ofereça caminhos de crescimento personalizados. O plano de carreira é um dos pilares de uma cultura de desenvolvimento forte.
Continue no blog da Swile e confira também nosso conteúdo sobre reuniões One-on-One e estratégias de crescimento baseadas em escuta ativa.