Um relacionamento interpessoal é aquele no qual se estabelece um vínculo entre duas ou mais pessoas. É um conceito muito amplo e que abraça todas as diferentes camadas envolvidas nas relações humanas, desde o trato com as pessoas às relações mais íntimas.

No ambiente de trabalho, no qual o indivíduo deve conviver, compartilhar e cooperar com pessoas diferentes, o desenvolvimento dos relacionamentos interpessoais dialoga com as chamadas soft skills. Empatia, colaboração, ética e liderança são alguns exemplos de habilidades e competências que se inserem nesse conjunto de atributos.

Contudo, é importante entender que, para construir boas relações interpessoais, não é necessário ser uma pessoa extrovertida ou eloquente. Pelo contrário, é muito importante que o ambiente de trabalho seja um local diversificado, onde os colaboradores se sintam confortáveis e respeitem uns aos outros. Isso também faz parte do empolyee experience da empresa.

É claro que essa não é uma tarefa fácil para os gestores de RH, mas existem alguns caminhos que podem ajudar a desenvolver a sua equipe nesse sentido.

Confira a seguir!

Desenvolva a empatia

Por princípio, a empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro. Ou seja, é se projetar nas experiências e circunstâncias de outras pessoas, a fim de compreender seus pensamentos, suas atitudes e seus sentimentos.

“Não os critiquem; são eles exatamente o que nós seríamos sob idênticas condições” — Essa uma citação, atribuída a Abraham Lincoln, que ilustra muito bem o que significa ter uma atitude empática e demonstra como isso é importante para compreender as pessoas e construir boas relações interpessoais.

Em um ambiente corporativo, devemos tomar o cuidado de não nos prendermos demais aos nossos atributos e tarefas profissionais, deixando de lado a nossa essência humana. Assim, é importante que os gestores ofereçam espaços de lazer e incentivem conversas e momentos de descontração, de modo que os colaboradores possam se conhecer melhor e se aproximarem.

Estimule o autoconhecimento

Já dizia Sócrates: “conhece a ti mesmo”. Esse aforisma inspira as mais diversas e profundas análises filosóficas. Entretanto, de maneira geral, conhecer a si mesmo é algo que pode ser entendido como o exercício de refletir sobre seus pensamentos, suas emoções e suas ações, bem como seu lugar e papel na vida e no mundo.

É diferente de julgar-se ou punir-se por eventuais condutas negativas, na tentativa de promover um ajustamento forçado. O objetivo do autoconhecimento é a compreensão e não o julgamento. É olhar para dentro no intuito de conhecer as raízes e os caminhos pelos quais ideias, opiniões, crenças e valores pessoais se expressam.

No âmbito profissional, essa prática pode auxiliar a tomada de decisão do colaborador e ajudá-lo a construir uma carreira com maior propósito e ambição. Não existe uma fórmula mágica para o autoconhecimento, mas o trabalhador pode ser incentivado a refletir sobre suas atitudes e condutas por meio de instrumentos simples, como feedbacks.

Adote uma postura positiva

Há quem compreenda a positividade como uma fraqueza, típica de gente ingênua ou dissimulada. Contudo, esse entendimento estereotipado pode trazer mais malefícios que o próprio espantalho atacado. Tanto o positivismo extremo quando o negativismo extremo demonstram certa ignorância.

Ter uma atitude positiva não significa negar a razão ou a cautela, muito menos forçar sorrisos o tempo todo na tentativa de sufocar qualquer sinal de dúvida ou sofrimento. Isso é o que chamamos de positividade tóxica, um verdadeiro veneno capaz de desgastar qualquer ambiente de trabalho.

A positividade saudável, se é que podemos defini-la assim, é percebida naquelas pessoas capazes de se manter cautelosamente otimistas. Isso significa “manter os pés no chão” — o que em uma empresa é obtido por meio da honestidade e da transparência em relação a resultados e expectativas —, mas ainda assim, vislumbrar oportunidades de melhora e crescimento.

Valorize a ética

No contexto corporativo, a ética constitui o conjunto de valores morais e princípios que determinam a harmonia nas relações profissionais. O conceito vai além da honestidade e da integridade no exercício de suas funções na empresa, ele também está ligado à conduta do profissional em relação a seus colegas, superiores e subordinados.

Esse é um dos pilares que garantem a construção de bons relacionamentos interpessoais e o consequente desenvolvimento de uma organização. Sendo assim, é fundamental estabelecer normas internas que assegurem o seu cumprimento por todos.

Entretanto, os gestores não podem tornar a ética um produto de regras rígidas. Ela deve ser valorizada e incentivada por exemplos, modelos, conteúdos e dinâmicas, de modo que a sua expressão se dê de maneira natural e autêntica. Como gestor de RH, você não quer que os colaboradores se sintam obrigados a fazer o que é certo, quer que eles se inspirem a fazer o que é correto.

Promova integração

Se buscamos trabalhar o relacionamento interpessoal na empresa, o melhor caminho é justamente aproximar as pessoas. Na prática, isso consiste em reunir colaboradores de setores diferentes e estimular a troca de conhecimentos e experiências.

O trabalhador precisa enxergar a empresa como um ambiente de convívio, onde é possível se inspirar, crescer pessoalmente e criar laços com outras pessoas. O objetivo final é melhorar a comunicação, unir os colaboradores e promover os pontos já citados, como o autoconhecimento, a empatia e a ética.

Essa tarefa pode parecer um pouco mais difícil quando lidamos com times em home office, mas é plenamente possível. Estimular o envolvimento e o engajamento no trabalho remoto requer estratégias diferentes, mas que não fogem aos princípios mencionados.

Ao longo da pandemia de COVID-19, as empresas usaram as mais diversas abordagens para estreitar a relação com seus colaboradores. Do envio de brindes e cartas da empresa a kits de culinária que terminavam em pratos nem sempre saborosos, mas que rendiam boas gargalhadas em videoconferências.

Como você pôde perceber, o relacionamento interpessoal é fundamental para a construção e a manutenção de um bom clima organizacional. Sua ausência é capaz de tornar a rotina dos trabalhadores desgastante, prejudicar a cooperação e, consequentemente, diminuir a produtividade da empresa e a satisfação de seus colaboradores. Por isso, ele deve ser incentivado sempre!

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