Se até alguns anos atrás existia uma ideia de que a formação na faculdade era o suficiente para o mercado de trabalho, hoje a visão está bem diferente, indo além de pós-graduações, MBAs e cursos de especializações. Com um mercado que evolui cada vez mais rápido, é necessário que os profissionais acompanhem as mudanças.

Ao mesmo tempo, programas de aprendizado dentro das empresas vêm ganhando espaço. São vistos como uma forma de enriquecer a experiência do colaborador enquanto o capacita para gerar resultados ainda melhores. Só que não basta querer: o processo de aprendizado precisa ser pensado de forma estratégica.

Dessa forma, os métodos de aprendizado também do tradicional, deixando de ser algo exclusivo para sala de aulas ou leituras e começando a ser estimulado através de redes, experiências e projetos, plataformas interativas, etc. O mundo corporativo pede pelo lifelong learning. Quer saber mais? Continue lendo!

O que é lifelong learning?

Em tradução livre, podemos entender lifelong learning como “aprendizado contnuado”, ou seja, um processo de aprendizado que se estende ao longo da vida, continuamente. O conceito está diretamente ligado ao movimento realizado por profissionais de todos os mercados para se manterem atualizados, aprendendo algo novo sempre que possível.

A procura por novos conhecimentos não se restringe mais a uma sala de aula ou a um curso de extensão, são ampliados e disponibilizados de formas diversas: workshops, vídeos e podcasts em plataformas de streaming, documentários, participação em projetos multidisciplinares, entre outras.

Além disso, precisamos ter em mente que os pontos de aprendizado variam de pessoa para a pessoa e assumem as mais diversas formas. Podemos aprender enquanto lemos um livro ou assistimos uma série. Enquanto vamos ao museu ou visitamos uma mostra. Quanto mais pontos de contato, mais oportunidades de aprendizado. 

Um conceito que vem ganhando relevância é o chamado edutainment, uma mistura das palavras “education” e “entertainment”. A ideia é criar ambientes onde o colaborador possa aprender enquanto se diverte. 

Como surgiu o termo lifelong learning?

Em 1960, o Conselho da Europa, já sugeria a ideia de uma “educação permanente” relacionadas a demandas sociais da época. Em 1973 a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) lançou o manifesto Recurrent Education: A Strategy of Lifelong Learning com foco na economia.

A proposta era para o aprendizado não ser restrito a ambientes formais como sala de aula, mas fosse promovido também informalmente. Em 1980 o hábito foi promovido por Bill Gates, fundador da Microsoft, ao realizar as “Think Weeks” (Semana do Pensamento), duas semanas por ano que ele se dedicava a ler e aprender.

Ainda hoje ele compartilha na internet anualmente uma lista com indicações para leitura com temas diversos. 

Mesmo sendo uma ideia existente há anos, não foi uma mera tendência e torna-se cada vez mais forte, principalmente com a vinda da pandemia que mostrou a importância da adaptação contínua no trabalho.

Os benefícios do Lifelong Learning no trabalho

Para os profissionais em suas vidas pessoais, se manter atualizado e ter o hábito do aprendizado constante proporciona maiores oportunidades de emprego. Afinal, a capacidade e vontade de aprender é algo desejado por empregadores, mas ainda algo escasso no mercado brasileiro.


Dessa forma, ao desenvolver esse tipo de atitude, o profissional acaba ganhando mais espaço no mercado de trabalho e tem acesso a oportunidades mais vantajosas.

No caso das organizações, incentivar a busca por novos conhecimentos ajuda a formar equipes mais preparadas para atender as demandas do mercado que mudam com rapidez, auxiliam na construção de um plano de carreira, além de proporcionar maior autonomia e confiança para os colaboradores.

Dessa forma, os funcionários conseguem se sentir mais valorizados e preparados para realizar suas atividades, com sentimento de pertencimento por saber que irão colaborar com os objetivos organizacionais, aumentando a produtividade e engajamento.

Aplique na rotina 

É importante notar que o lifelong learning foge aos treinamentos convencionais que muitas empresas costumam aplicar. A ideia é que a abordagem seja personalizada para cada profissional. 

Com isso, o papel do RH é conseguir inserir o hábito na cultura da organização, incentivando os colaboradores a procurarem pelo aprendizado e fornecendo meios para tal.

Não estamos falando em excluir treinamentos formais, mas sim em mostrar e trazer insights sobre a importância de ter novos conhecimentos continuamente, além de oferecer autonomia para que cada um busque por assuntos que agreguem ao ambiente profissional, seja hard ou soft skills.

É um processo de autoconhecimento, saber quais são as dificuldades e quais são as habilidades que podem ser aprimoradas, mas os resultados são promissores. O lifelong learning não é uma tendência, é uma crescente necessidade que se tornará cada vez mais forte no mercado de trabalho.

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