Flores, chocolates e outros brindes são figurinhas comuns no ambiente corporativo durante esse período, mas, sabemos, estão longe de serem suficientes. Para realmente valorizar as mães, é preciso fazer mais. 

Para começar, é claro, é fundamental entender que esse não é um assunto que deve ser visto como relevante apenas nas datas festivas. Dar as condições necessárias para que os colaboradores possam cuidar de suas vidas pessoais, o que inclui a maternidade, deve ser parte da cultura da empresa. Trata-se de um elemento fundamental para o employee experience.

Isso inclui diversas questões, como a flexibilização da rotina de trabalho, a oferta de benefícios adequados, o suporte de uma gestão humanizada, etc. Por isso, para construir este artigo, fomos atrás das reflexões de algumas mamães que trabalham na Swile. Acompanhe!

Rotina de Trabalho x Maternidade: Quais são os impactos?

Voltar da licença-maternidade é um grande desafio para a maioria das mulheres.  O retorno ao trabalho significa passar menos tempo com a criança, o que logicamente mexe com o sentimental. Dar a atenção necessária ao filho enquanto se reencontra com a rotina de trabalho torna-se um desafio. 

É o que nos conta Priscila Neves, analista de Customer Care e uma das diversas mães que trabalham na Swile. Para ela, o principal desafio para conciliar trabalho e maternidade é justamente se manter presente. Para driblar as limitações da rotina, ela encontra alternativas:

“Eu fico ligando ou fazendo chamada de vídeo o tempo todo para tentar estar ali presente de alguma forma, e garantir que tudo vai dar certo”

É inegável que conciliar a maternidade com a rotina de trabalho requer certo grau de criatividade. É preciso encontrar alternativas para se adaptar ao novo cenário, como faz Priscila por meio das ligações de vídeo. E com o passar do tempo, conforme o bebê cresce e as demandas de trabalho também,  “organização” torna-se uma das palavras-chave. 

A nossa Head de Legal, Any Genovez, fala sobre como a organização é importante para lidar com a maternidade e viagens de trabalho, por exemplo: “Temos que organizar quem busca, quem leva, quem ajuda na lição de casa, qual é o lanchinho, cadê o uniforme, o que vamos jantar, e ainda encontrar horários disponíveis para poder correr para um médico ou hospital quando a criança adoece de repente.” 

Como a empresa pode dar suporte às mães?

A maternidade deve ser vista e entendida pelas organizações não apenas em datas comemorativas. Deve fazer parte da cultura e ir além da licença-maternidade. Atos simples na rotina fazem a diferença, como Any deixa claro ao usar o cumprimento de horário como exemplo: 

“Respeitar horários de trabalho é algo que ajuda muito, bem como conceder alguma flexibilidade na jornada de trabalho, compensando depois, para que você possa dar aquela escapada ao médico ou participar da reunião na escola do filho.”.

E como ser mãe não é uma experiência igual para todas, uma empresa realmente preocupada com a felicidade no trabalho deve compreender e respeitar as peculiaridades da forma que cada colaboradora vive a maternidade. Segundo Priscila, esse é um dos elementos que torna o ambiente profissional acolhedor para as mães. 

Em sua opinião, é algo que deve ser trabalhado na visão da liderança e nas equipes em geral:

“é muito triste você ver sua capacidade de entrega sendo pré julgada porque você tem filhos sob sua responsabilidade. Ou pessoas que não entendem que às vezes você precisa parar para dar uma atenção a alguém que você está desenvolvendo”, ela afirma, “esse olhar deve ganhar um recorte que leve em consideração as diferentes camadas em que essas mulheres vivem”.

Como conciliar a rotina de trabalho com os desafios da maternidade?

É um desafio único e, de fato, não é simples como pode parecer para quem não vive uma rotina dupla. Tanto o trabalho, quanto ser mãe apresentam novas situações todos os dias para lidar.

Uma dica da Any é seguir os padrões possíveis e manter um planejamento: “tento organizar o máximo possível a rotina pessoal do dia seguinte já na noite anterior […] tento seguir alguns padrões para guardar as coisas e mantenho atividades em dias fixos, para evitar de, na correria, esquecer a bolsa em um lugar e a cabeça em outro.”

Para Priscila, é importante desconstruir a antiga ideia de que a mulher deve dar conta de tudo e adotar um pensamento condizente com as mudanças culturais recentes e vindouras. Ela destaca como é importante ter “uma rede sincera e afetuosa de apoio.” 

“ninguém é nada sozinho e é preciso uma comunidade para criar uma criança […] essa questão da falta de uma rede ampla é uma dificuldade que carrego pois sei o quanto seria mais fácil para meus filhos, para mim e, claro, consequentemente, para minha carreira se estivesse em um local onde tenho outras pessoas com quem contar sem parecer que estou pedindo um favorzinho ou sobrecarregando alguém”.

As mudanças sociais e culturais estão aí. Hoje, é consenso que toda empresa deve ser inclusiva e acolhedora, respeitando a diversidade e garantindo experiências positivas para os seus colaboradores. Sabemos, contudo, que ainda há muito a aprender, tanto como colegas de trabalho, quanto cidadãos. 

Enxergar, respeitar e acolher as diferentes rotinas e vivências de mães é fundamental para construir um ambiente saudável, empático e humanizado, indo, enfim, além das datas comemorativas.

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