Cultura de inovação: descubra como adotarCultura de inovação: descubra como adotar

Para inovar, uma empresa não precisa lançar foguetes no espaço ou mudar os rumos da humanidade. Para muitos, o trabalho home office já é uma revolução. Embora as ferramentas e as soluções adquiridas façam parte desse processo, é importante entendermos que a cultura de inovação está mais ligada à visão e à atitude, não só dos fundadores e gestores, mas principalmente dos colaboradores.

A transformação digital já deixou de ser tendência há muitos anos para se tornar um dos maiores requisitos do mercado. Uma necessidade que bate na porta de quase todos os negócios, especialmente após a pandemia de COVID-19, cujas medidas de isolamento demonstraram a enorme vulnerabilidade a que as empresas ainda totalmente offline estão sujeitas.

Os líderes, dos menores aos maiores empreendimentos, sabem que a inovação é o horizonte para o qual devem seguir, mas o caminho até lá não é tão óbvio quanto parece. Como profissional de RH, você sabe que a tecnologia é essencial, mas a verdadeira mudança depende das pessoas.

Uma das maneiras de inovar, é fazer um eNPS – employee Net Promoter Score – para saber o nível de satisfação dos colaboradores com a empresa.

A seguir, você confere mais 7 dicas para adotar uma cultura de inovação realmente eficaz nos processos da sua empresa!

Esclareça a visão, a missão e os valores do negócio

Partindo dos princípios, o profissional precisa saber onde está e onde deseja chegar. Se desejamos criar, de fato, uma cultura de inovação, precisamos promover a compreensão coletiva dos costumes, valores e atitudes que permeiam o universo do empreendimento.

Isso vai além das típicas definições polidas estampadas em murais e em páginas “sobre a empresa”. Os colaboradores precisam enxergar o seu trabalho contribuindo para o “navegar do negócio” rumo aos objetivos que foram apresentados na admissão.

A visão, a missão e os valores de uma empresa não devem se resumir aos textos corridos de um plano de negócios. Eles devem definir a mentalidade da organização, ou seja, a compreensão coletiva de todos os envolvidos em seus processos.

A cultura de inovação promove a “mentalidade do fundador”

Por meio de uma série de pesquisas, os autores Chris Zook e James Allen, descobriram que as maiores dificuldades de crescimento enfrentadas pelas empresas estão ligadas a fatores internos. O distanciamento das lideranças, assim como a proliferação de processos burocráticos são alguns exemplos.

De acordo com os consultores, é fundamental que todos os indivíduos envolvidos com a organização adotem o comportamento proativo e ambicioso, típico de um fundador. Líderes e colaboradores, portanto, devem adotar a mentalidade arrojada de um empreendedor dedicado a fim de motivar o foco, o comprometimento e a conexão com os clientes.

Alguns traços dessa mentalidade são:

  • missão clara e insurgente;
  • inequívoca “cabeça de dono”;
  • obsessão com a linha de frente.

Torne a sua empresa um ímã de grandes talentos

Um gestor de RH comprometido a encontrar os melhores talentos disponíveis no mercado deve se perguntar frequentemente: o que torna a minha empresa atraente aos olhos dos profissionais?

Tudo começa com o compromisso da direção com os direitos trabalhistas e o oferecimento de benefícios que contribuem para a qualidade de vida no trabalho e para a vida pessoal do colaborador. Além disso, temos a valorização do cargo em si, o que parte da remuneração e se estende à autoridade da organização em sua área.

Entretanto, se queremos construir uma cultura de inovação, precisamos de pessoas cujos atributos vão além de suas habilidades técnicas. Profissionais que estejam dispostos a fazer a diferença no mercado e enxerguem a empresa como um meio de realizar isso.

Para atrair essas pessoas, o trabalho começa no branding. É necessário que a marca do negócio se posicione como um agente de inovação. Um empreendimento capaz de entregar uma experiência única para seus clientes e seus colaboradores.

Ofereça um ambiente propício para a cultura de inovação

O que os escritórios de transferência tecnológica, os parques científicos e as incubadoras de startups têm em comum? Todas essas organizações são grandes ambientes de inovação, ou seja, são espaços dedicados ao desenvolvimento de novas soluções.

Hoje, as mudanças observadas em um ano, apenas são equiparáveis a acontecimentos que no passado demoraram séculos para se concretizar. Nesse clima de intensas transformações, as empresas não têm escolha, senão adotar uma cultura de inovação — o que, nesse contexto, significa ser flexível e aberto a estratégias inéditas.

Esbarramos aqui na já mencionada burocracia, a avalanche de pequenas tarefas que “emperram” o desenrolar dos processos e tendem a se acumular conforme o negócio cresce. Dito isso, é importante entender que para inovar não é preciso “reinventar a roda”. Aumentar a transparência nas operações do negócio, de modo a identificar e resolver esses gargalos, é também uma forma de inovação.

A boa notícia é que nem sempre é necessário buscar uma empresa ou instituição parceira para incorporar novas soluções ao empreendimento. Grandes ideias podem estar mais próximas do que muitos gestores imaginam. É o que discutimos no próximo tópico.

Adote estruturas de gestão e criação horizontais

É preciso romper a velha compreensão da hierarquia corporativa, o imaginário comum do líder poderoso e inacessível seguido por um exército de subordinados impotentes. É uma tarefa difícil, uma vez que cargos e responsabilidades por si só já contribuem para esse tipo de percepção.

O primeiro passo, como se pode presumir, é aproximar as lideranças dos colaboradores, a fim de desmistificar as personalidades que atuam na linha de frente do negócio. Vale destacar que essa aproximação traz benefícios em todos os aspectos mencionados anteriormente.

Alguns gestores temem que essa atitude enfraqueça sua autoridade, mas o efeito tende a ser justamente o oposto. Afinal, o líder deixa de ser uma figura temível para se tornar um parâmetro, uma pessoa que desperta inspiração e encoraja os colaboradores a exercerem suas funções com propósito.

Mas simplesmente se aproximar não é suficiente. Os líderes devem ouvir e permitir que todos contribuam e desenvolvam suas ideias. Quando os funcionários da sua empresa perceberem que podem contribuir efetivamente para o crescimento do negócio, você se surpreenderá com o que eles são capazes de criar e fazer.

Construa um time de colaboradores empoderados

Empoderamento diz respeito ao ato de empoderar-se, isso é, atribuir poder a si mesmo. O conceito ganhou destaque nos mais recentes movimentos feministas, mas pode ser adotado em outros contextos também importantes.

O que não devemos fazer é cair na armadilha de entender o termo como algo passível de atribuição. Uma empresa não pode “empoderar” seus colaboradores, afinal isso estabeleceria uma clara relação de poder sobre eles.

O que a gestão de pessoas deve fazer é incentivar e criar meios para que os próprios profissionais se respeitem, se valorizem e enxerguem o seu poder dentro do ambiente de trabalho. Algo que, na prática, é obtido por meio da educação, do estímulo ao pensamento crítico e do reconhecimento das qualidades do profissional.

Uma grande tendência nas organizações é o chamado design instrucional, uma estratégia que consiste em criar um ambiente de trabalho no qual os colaboradores aprendem e se desenvolvem de forma constante. Treinamentos de perfil técnico e pessoal, introdução de funcionários em novas tarefas e mecanismos inteligentes de feedback são exemplos de recursos a serem implementados.

Monte um conjunto de ferramentas realmente eficaz

Por fim, temos a tecnologia, os instrumentos que serão utilizados para auxiliar a sua jornada de inovação. O mercado de aplicativos e SaaS (Software as a Service) está muito aquecido e o que não faltam são soluções para otimizar rotinas administrativas.

A escolha das ferramentas, porém, deve ser orientada por sua relevância e seus resultados. Em outras palavras, não faz sentido adotar uma nova tecnologia simplesmente para parecer inovador aos olhos de clientes e funcionários — esse caminho pode trazer mais burocracia do que inovação.

Antes de buscar fornecedores, procure entender as necessidades da sua empresa ou de setores específicos. O que falta e o que poderia melhorar na operação, na logística, na gestão ou no RH? Converse com os responsáveis ou consulte especialistas, se for necessário.

Definidas as suas demandas, avalie com cautela as propostas de cada serviço. Sempre que possível, teste e compare produtos. Todas as empresas hoje dependem de um conjunto de tecnologias e, caso não tenha, a sua empresa deverá montar o seu.

Como você vê, construir uma cultura de inovação requer uma ação sistemática na organização. Além disso, diversos elementos são capazes de fortalecê-la ou enfraquecê-la. Dessa forma, é fundamental que esse esforço se mantenha vivo.

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